Entenda a evolução do dinheiro e conheça a era das moedas digitais
Estamos no século XXI há mais de 20 anos, você já deve ter percebido a evolução tecnológica ao seu redor. Esse artigo é uma ótima forma de mostrar isso: você está lendo online algo que, antes, precisaria de uma revista ou livro para ter acesso. E a tecnologia, claro, também faz parte da evolução do dinheiro. É disso que vamos falar aqui.
Agora, para entender uma evolução, é preciso dar um passo para trás e rever o começo da história, né? Então, vamos lá.
De onde surgiu o dinheiro?
O primeiro passo aqui vai ser falar sobre como surgiu o conceito de dinheiro, para a gente poder depois chegar à evolução dele. O dinheiro não é algo exatamente natural. Houve um momento em que ele simplesmente não existia.
Antes de haver dinheiro ou algo considerado com valor para realizar uma compra, o que existia era a troca. Uma pessoa pescava, por exemplo, mais do que ela e seu grupo iam consumir, e o excesso poderia ser trocado com outro grupo por sementes ou até mesmo por serviços. Esse sistema era o famoso escambo.
Agora, imagine que você nem pesca, nem tem semente. Conforme os povos foram se assentando nos lugares, a variedade do que possuíam para troca foi diminuindo. Foi assim que o conceito de dinheiro começou a aparecer, há mais ou menos 3000 anos. Ele se iniciou com itens, digamos, “fixos” de troca que considerava-se ter algum valor. Alguns exemplos:
- Couro
- Sal
- Madeira
- Armas
- Tabaco
Tudo que as pessoas quisessem e não fosse tão fácil assim de achar (uma premissa de ter valor é ter, também, escassez, certo?) poderia ser usado como objeto de troca. Esses itens facilitavam as negociações, porque tinham um valor assumido na troca.
É por isso que isso é visto como o início do conceito por trás do dinheiro: algo com valor baseado e quase equivalente ao custo daquilo que foi usado em sua produção, dando origem à universalização de algo com interesse para ser trocado.
Afinal de contas, é para isso que até hoje, a gente quer dinheiro, né? Para trocar por algo que realmente queremos (desde comida, até viagens, carros, casas). É assim que a gente pode, por exemplo, comprar umas “brusinhas” na promoção sem ter que, no meio da loja, caçar algo ou carregar um carrinho de semente.
As primeiras moedas
Por volta do século VII aC, na Lídia (atual Turquia), apareceram as primeiras moedas como conhecemos hoje: algo físico, realmente padronizado e com valor reconhecido por toda a região. As moedas, na época, eram cunhadas com martelos, e os metais usados eram prata e ouro.
Como uma necessidade puxa a outra, logo as pessoas passaram a acumular dinheiro e, com isso, começaram a pensar onde guardar seus valores. Alguém falou em banco? Eles começaram com os ourives: como as moedas eram, de fato, feitas de metais preciosos, eram esses profissionais que guardavam os valores das pessoas.
Bancos e o papel-moeda
Claro que os bancos foram a evolução dessa história, e eles seguiram algo que os ourives instituíram: o uso de papéis de garantia para comprovar os depósitos de fundos das pessoas. Foram esses papéis que deram origem a mais um salto evolutivo: como a gente sabe, metais têm um estoque limitado no mundo, então, por volta do século XVI, bancos e governos passaram a imprimir dinheiro em papel.
O papel-moeda, além de mais prático, impulsionou o comércio internacional, sem falar que as pessoas começaram a ver valor em comprar moedas de outros países, aqueles cujos governos pareciam mais estáveis (conhece essa história?).
Aqui no Brasil, o sistema de dinheiro foi implementado bem depois, em 1694, com a Casa da Moeda da Bahia cunhando nossa primeira moeda. E, de lá para cá, já trocamos de moeda fiduciária 9 vezes.
Qual a importância da evolução do dinheiro?
Nós somos seres que vivem em sociedade. Para as coisas funcionarem, ainda mais nas dimensões que as cidades têm hoje, é preciso que todo mundo contribua, certo? Depois de um certo tempo, mesmo antes de chegarmos às metrópoles de hoje, as pessoas perceberam que precisavam de padrões de medidas para trocas.
Nesse sentido, o surgimento do conceito e a evolução do dinheiro são algo essencial. É, em certa medida, apaziguador saber o valor das coisas, como uma espécie de combinado do grupo todo, sabe? Quando passamos de trocas ditadas na hora, dependendo da nossa necessidade, para um padrão estabelecido por dinheiro, as negociações ficaram mais fáceis.
Essa clareza de preços, de valores, juntamente com a chancela do governo, trouxe ainda mais confiança no sistema. O papel-moeda possibilitou a expansão do sistema internacional. Essas são conquistas hoje bem claras para todos nós, né? Aliás, tão claras que, às vezes, até esquecemos que nem sempre a gente teve dinheiro, papel-moeda e sistema bancário.
Onde entram as moedas digitais na evolução do dinheiro
Sem a evolução do dinheiro, não teríamos o sem-fim de possibilidades que temos. Ainda andaríamos por aí com saquinhos de moeda ou, pior, em busca de grãos e sal para poder fazer trocas. É aqui que a gente vê como mudar e adaptar são pontos importantes.
Em pleno século XXI, é praticamente impossível imaginar que alguém ainda não tenha sido conquistado pelas praticidades das finanças digitais. Está aí o sucesso do Pix que não nos deixa mentir, que já tinha sido precedido por ondas e mais ondas de pagamentos digitais super práticos.
A gente nem tem mais papel moeda na carteira praticamente! Muita gente só tem o cartão de crédito no celular mesmo e apenas vê suas contas em formato digital.
Em 2009, uma nova evolução das finanças foi colocada em prática por uma pessoa (ou grupo de pessoas) com o pseudônimo de Satoshi Nakamoto: o Bitcoin. Um protocolo aberto e completo para a criação de uma moeda digital (a primeira criptomoeda a chegar ao mercado, que hoje conta com mais de 7 mil ativos).
Reunindo conceitos de descentralização, privacidade e segurança, para transpor a necessidade de sistemas governamentais e bancos, está aí o mais possível novo salto evolutivo do dinheiro: ativos digitais.
Agora, você pode estar se perguntando: mas se não tem governo e banco por trás, como é que tem valor? Historicamente, como vimos, o valor do dinheiro vem da percepção: forma de troca, unidade de medida, reserva de valor – o que nos for útil naquele momento.
A comunidade em torno do Bitcoin, por exemplo, vê tanto valor que, de alguns centavos em seu lançamento, o valor estimado de uma unidade de Bitcoin hoje ultrapassa os R$300 mil. São projetos sólidos e podem, sim, ser uma alternativa ao sistema tradicional – muitos passos para frente do escambo ou do sal, mas o passado do dinheiro não nega: evoluir é preciso.
Aqui na Bitso, trabalhamos para isso: para dar às pessoas acesso ao futuro das finanças e à evolução do dinheiro, de forma democrática e transparente. Somos uma exchange de criptomoedas segura que está no mercado há mais de 7 anos e tem mais de 3 milhões de pessoas cadastradas.
Este artigo foi escrito pela Bitso, exchange de criptomoedas na qual você pode comprar, guardar e vender os seus criptoativos.