Manter as finanças em dia impacta diretamente no bem-estar pessoal e, consequentemente, pode afetar o rendimento no trabalho. Portanto, é inevitável admitir que o sucesso profissional está atrelado à forma como lidamos com o dinheiro.
Para entender melhor como cuidar de forma efetiva das finanças pessoais, conversamos com o plenajador financeiro pessoal Davi Augusto Rodrigues.
Para ouvir a 27ª edição do Digicast, basta usar o player acima. Se preferir, você pode ler a transcrição da entrevista feita por Pedro Renan, CEO da Digilandia, logo abaixo.
Olá! Bem-vindos ao 27º episódio do Digicast. Sou Pedro Renan, CEO da Digilandia e da Agência Papoca e seu host.
Hoje, recebo o meu amigo Davi Augusto, que é planejador financeiro pessoal, para falar, obviamente, sobre como cuidar de forma efetiva das suas finanças pessoais.
Seja muito bem-vindo, Davi!
Fala, Pedro. Primeiro é um grande prazer participar deste projeto da Digilandia e de todos os seus projetos que já acompanho e sei que são de qualidade. Estou honrado com o convite.
Para começar, queria que você desmistificasse o que é cuidar das finanças pessoais. Há muitos mitos na internet e queria que você listasse quais são as maiores pegadinhas e o que, de fato, é real quando falamos de finanças pessoais.
Essa é uma boa pergunta para a gente começar, porque conseguirei apresentar um pouco do que acredito que seja uma boa gestão, um bom relacionamento financeiro.
A maioria das pessoas tende a acreditar que uma boa gestão financeira pessoal é aquela que fará com que você economize mais. Ou é aquela que fará sobrar mais ou é aquela que fará você investir melhor seu dinheiro.
Mas, sempre gosto de acreditar que os dois pontos, cortar custos e investir melhor, na verdade, são pilares que podem sustentar uma boa gestão das finanças. O que realmente acredito ao falar de finanças é que não estamos falando de dinheiro.
Como ao falar de finanças não estamos falando de dinheiro? Na nossa vida, temos vários objetivos, como comprar uma casa, fazer uma viagem especial ou juntar uma grana para minha aposentadoria. São vários objetivos, e o dinheiro não é um desses.
Uma boa gestão das finanças é entender como usar o dinheiro, para ele me aproximar dos meus objetivos. O dinheiro não é um fim, mas um meio através do qual você alcançará seus objetivos.
Acredito que o principal mito é achar que você só é um bom gestor financeiro se acumular mais ou cortar custos. Na minha visão, você será um bom gestor financeiro quando consegue usar seu dinheiro para alcançar aquilo que é importante para sua vida. E o que é importante para mim é diferente do que é para o Pedro, que é diferente do João.
Cada um terá pontos que valoriza mais. E quando consegue entender quais são esses pontos e deixar o dinheiro para financiar, a pessoa faz uma melhor gestão financeira.
Estou rindo, porque trabalhamos para otimizar métricas, pedindo para ouvirem até o final, darem cinco estrelas, e vem o Davi e diz que finanças pessoais não têm a ver com dinheiro. Aí vai todo mundo embora e vai lascar minhas métricas. Mas, para você que você foi persistente, escute até o final, porque você vai se convencer de que esse é o melhor modelo.
Tirando a brincadeira, eu passei por isso. O Davi é meu amigo, mas o contratei para ajudar nas minhas finanças pessoais. E consigo distinguir bem uma vida pré e outra pós-Davi quando se trata de finanças.
Para mim, foi marcante que fui de um ponto que gastava todo o meu dinheiro e não guardava nada. Depois que comecei com o Davi, passei a guardar todo o meu dinheiro e não gastar nada. E ele me questionava quais eram meus objetivos.
Supondo que eu precisaria juntar R$ 2 mil por mês, se sobrassem R$ 3 mil, não precisaria juntar R$ 3 mil. Pegue os R$ 1 mil e gaste com alguma coisa que vai te dar prazer. E isso é o mais importante. Eu poderia ter deixado de ser feliz com algo que poderia ter me proporcionado felicidade com essa diferença. A jornada é muito mais importante que o final.
Partindo para a segunda pergunta, que envolve o porquê de estarmos falando de finanças pessoais num blog como a Digilandia, uma coisa que acredito muito é que se estamos bem na vida pessoal, estamos bem na vida profissional. E esse equilíbrio é muito importante e, obviamente, a parte financeira faz parte disso.
Dentro disso, quais são os maiores desafios que você vê com seus clientes para entenderem que poupar é necessário no sentido que estamos falando aqui?
Os principais ou maiores objetivos são essa dificuldade de encontrar um bom equilíbrio financeiro. Muitas vezes, por não termos sido ensinados sobre dinheiro desde quando éramos crianças e qual seria nossa relação com o dinheiro, nos acostumamos a usar o dinheiro quando precisar e de qualquer forma.
Sempre costumamos dizer que não conseguimos poupar porque nosso salário é muito baixo. E se estivéssemos ganhando um pouco mais, estaríamos com a vida financeira organizada, pagando as contas e juntaria uma grana extra.
Muitas vezes, o que acontece é que essa pessoa passa a ganhar um pouco mais. E ela diz que não consegue poupar porque o salário ainda não está como ela esperava.
Ou seja, somos acostumados a preencher o espaço do nosso dinheiro sem fazer o equilíbrio entre uma boa qualidade de vida no presente, mas entendendo também que o dinheiro serve para alcançarmos alguns dos nossos principais objetivos.
Às vezes, a pessoa fica com um incômodo, porque gostaria de fazer mais viagens, ter determinado tipo de experiências ou fazer uma reserva financeira. Enquanto a pessoa não entender que o dinheiro pode ser uma ferramenta para facilitar ela passar por esses objetivos, terá muita dificuldade de poupar.
Por isso, acredito que é sempre muito importante começar uma boa gestão financeira entendendo quais são seus objetivos. Uma vez que você entende quais são seus objetivos e o quanto você teria de separar por mês para cada um deles, fica mais fácil confrontar se a maneira com que você gasta seu dinheiro está se aproximando dos objetivos ou se está deixando sua vida da mesma forma.
Um grande desafio na hora de poupar é entender por que poupar e para o quê poupar. E você pode superar esse desafio traçando objetivos, tendo metas mais claras e entendendo o quanto você tem de poupar por mês para alcançar esses projetos.
Concordo muito e acho que há armadilhas psicológicas. E é muito fácil gastar proporcionalmente quando você ganha mais. E é normal. A gente trabalha mais para ganhar esse dinheiro, mas algumas coisas podem ser evitadas.
Temos um conhecido que vive reclamando que não tem dinheiro e, quando a filha nasceu, foi fazer enxoval em Miami. Como assim não tem dinheiro?
Um dos pontos que costumo mais estudar e que percebo que faz muita diferença na relação com dinheiro é a parte de finanças comportamentais e psicologia econômica. Inclusive, é uma área que está tendo muito relevância na área acadêmica. Duas ou três pessoas ganharam o Prêmio Nobel de economia ao falar sobre como psicologia financeira afeta nossa tomada de decisão.
A psicologia financeira, basicamente, prega que não somos seres racionais na hora de tomar nossas decisões sobre dinheiro. Somos moldados a primeiro evitar a dor e, segundo, procurar o prazer imediato.
Primeiro, buscamos evitar o desconforto. E segundo, depois que a dor foi evitada, você procura o conforto ou prazer imediato.
E o que acontece? Todos nós, independentemente do salário ou do patrimônio, temos determinados incômodos. Gostaríamos de ter uma casa maior ou um carro mais moderno. E se ganho um salário X e passo a ganhar mais, a psicologia financeira mostra que primeiro vamos tentar evitar a dor e liberar esse incômodo.
Por isso, é natural que quanto mais a gente ganhar, mais vai gastar tentando diminuir esses incômodos e suprir os anseios de consumo. E também buscamos um prazer imediato.
Por isso, é importante ter na ponta do lápis, porque, quanto mais você diga que queria juntar um dinheiro para fazer uma viagem especial, é fácil pegar esse dinheiro e comprar um carro ou morar com um aluguel mais caro.
É importante ficarmos mais atentos. Será que a forma como eu lido com meu dinheiro está apenas me trazendo um prazer imediato ou está me trazendo satisfação maior dentro de uma forma com que eu consiga equilibrar vários aspectos da minha vida?
Sobre essa relação entre racional e irracional, trabalho com marketing na Agência Papoca e li um livro que se chama Brainfluence, que dá várias dicas de como hackear o cérebro das pessoas e vender mais para elas. E tem uma que não lembro exatamente a estatísticas, mas mais de 90% do nosso processo de decisão de compra é feito inconscientemente. E só depois você procura a razão para justificar a decisão que já tomou.
Aqui, costumamos falar de coisas difíceis. Já falei de um erro meu, que foi de ir do oito ao oitenta, ao gastar demais e passar a poupar demais. Qual é o erro mais comum ao cuidar da parte financeira?
Existem alguns erros que se repetem. Um erro que se repete é essa questão de ir do oito ao oitenta. Ou você junta bem menos que o necessário ou junta bem mais por ter a pegada de juntar mais. Mas é preciso entender que é preciso um equilíbrio entre boa qualidade de vida no presente e boa qualidade de vida no futuro.
Vamos falar aqui de um plano de aposentadoria ou independência financeira. Quanto eu precisaria de juntar para me aposentar aos 60 anos? Se você consegue organizar seu orçamento e ver que sobraria mais do que o planejado, pode ser um desperdício usar para a aposentadoria. É desperdício gastar com coisas que não precisa hoje, mas podemos entender como desperdício usar o dinheiro de uma forma que você não precisaria.
Fazer uma boa gestão das finanças não é economizar mais necessariamente, é você usar o dinheiro para aquilo que seja importante para você.
Tem esse primeiro erro ao usar o dinheiro indevidamente, tanto juntando menos do que precisa ou juntando mais do que precisaria.
E outro erro entra na parte de decisões de investimentos. O que percebo é que se tomam decisões de investimentos de forma afoita. E você coloca o dinheiro num efeito de manada, mas sem entender quais são as estratégias de investimentos que, de fato, se adequariam ao que você está precisando e sem entender quais são os riscos que estaria disposto a correr. E sem entender quais as perspectivas de prazo daquele investimento. Dependendo da aplicação que você faz, acaba incidindo em riscos maiores.
Investir é muito importante, mas você tem de entender como investir de acordo com os seus objetivos e os seus projetos. Projetos e objetivos diferentes vão demandar estratégias e produtos de investimentos diferentes.
Tem uma pergunta que me fazem toda vez que falamos sobre aplicações e investimentos e é uma das perguntas que menos gosto. Não pela pergunta em si, mas por minha resposta. As pessoas me perguntam onde que devem investir. E não gosto da pergunta pelo meu constrangimento de dar a resposta. A resposta para a pergunta “onde devo investir” é sempre depende.
Um investimento é um veículo que levará de um ponto A para um ponto B. Se você tem o dinheiro para comprar um carro, primeiro é preciso saber onde você vai dirigir o carro, quantas pessoas levará no seu carro, se precisará transportar algum material.
Resumindo, você só saberá qual é o melhor carro quando souber as necessidades. Da mesma forma que você só entenderá quais os melhores investimentos dependendo do tipo de estrada que quiser percorrer.
Esqueça a questão de qual é o melhor investimento. Para cada um dos objetivos e projetos, haverá alguma estratégia de investimento que se adeque ao que está precisando.
Somente complementando um ponto que você abordou sobre prazeres momentâneos, lembrei do Clube da Luta, em que a personagem do Edward Norton compra todos os móveis num folheto e descobre que não é isso que o fazia feliz. Há até a frase atribuída ao filme, que é “compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que a gente não gosta”.
Cada pessoa é uma pessoa. O ponto não é julgar ninguém, mas que sejam feitas as provocações. Será que isso que me fará feliz em longo prazo? Não há certo ou errado. O importante é não ir no automático e se programar para as perguntas e ver se é isso que mudará sua realidade como pessoa.
Se puder complementar, eu não iria por sempre pensar no que o fará mais feliz. Claro que isso é importante, mas você tem de entender como equilibrar isso dentro das suas necessidades.
Aqui em casa, precisamos de um carro. Mas não é de longe nossa prioridade. Poderíamos comprar um carro de determinado padrão. Mas não é importante para a gente.
Minha esposa pega o carro, vai para o trabalho e deixa estacionado o dia todo. Depois, no fim de semana, eu vou para a praia e encho o carro de areia, porque gosto de surfar. O carro, para a gente, não é prioridade. A gente precisa. Então nossa decisão foi comprar um carro mais básico e deixar o dinheiro que sobra para algo que é mais importante para a gente.
Será que você está fazendo algo que é importante para você ou está apenas indo naquele efeito de manada?
É um bom complemento. Apenas para tentar explicar o meu ponto da felicidade, mas ter coisas que são necessárias acaba impactando na felicidade também. Vamos supor que não tenha carro e, morando em Fortaleza, tenha de pegar ônibus, chegar suado ao trabalho e ficar estressado. Isso já impacta no seu humor e na sua felicidade de maneira geral. É preciso entender como o investimento vai impactar no seu dia a dia.
Avançando, costumamos aqui falar de dias mais difíceis. Você consegue lembrar seu dia mais difícil como investidor e por que foi tão complicado?
Tem o dia mais difícil e o momento mais difícil. O momento mais difícil é o atual, no meio da crise de coronavírus. Vários dos meus clientes já estavam começando a fazer investimentos em bolsas de valores. Também tenho parte do meu patrimônio em bolsas de valores. E vimos as bolsas de valores caindo.
Isso foi um momento estressante, porque eu já tenho o foco que aplicações em renda variável tem de ser em longo prazo, mas foi quando aprendi a ter de enfatizar isso mais com o cliente.
E da parte mais pessoal, lembro no meu início como investidor. Tinha uma reserva e comecei a fazer investimentos pequenos. Eu fazia investimentos bem arriscados. Colocava uma grana num dia e saía com 100% num dia ou dois. Eram investimentos alavancados, com riscos maiores. E nessa ânsia de investir muito novo e querer ganhar mais dinheiro, fui colocando mais dinheiro numa aplicação e o que valia R$ 12 mil passou a valer R$ 1.500 três dias depois.
Nesse momento, percebi a necessidade de controlar a ganância e fazer um bom controle de risco para as aplicações financeiras.
Doeu até aqui. Mas, agora, vamos falar de coisas boas. Qual o maior acerto que você teve ou na sua carteira pessoal ou na carteira de clientes?
O maior acerto tem relação com esse erro pessoal e esse momento de agora, que é ter essa calma de entender que todo plano de investimentos está interligado com seu orçamento e seu controle de risco.
Quando você começa a entender, passa a conviver com esses momentos de estresse com mais tranquilidade e até com determinado lucro, dependendo da sua estratégia.
Portanto, é muito mais a visão de que o controle de risco será adequado, a constância de investimentos será imprescindível também e isso tudo somado tem a possibilidade de trazer um resultado bem melhor e mais interessante.
Sou a prova viva de que isso é verdade. Seguindo as dicas do Davi, as coisas caminharam muito bem.
Falando em dicas, se você pudesse dar cinco dicas para controlar melhor as finanças, quais seriam?
Pensando de bate-pronto, podemos pensar em passos que podem ajudar a ter uma visão mais ampla das finanças.
O primeiro passo para fazer uma gestão financeira é lembrar que não estamos falando de dinheiro, mas pensar em objetivos e quais projetos gostaria de alcançar. Você define os objetivos e vai descobrir o quanto deveria separar por mês para cada um desses objetivos. E guarda essa informação.
Você parte para o segundo passo. E passa a entender então como está sua rotina financeira hoje. Entenda como está o seu orçamento. Na hora de entender seu orçamento, você não precisa fazer nada muito robusto ou sofisticado. Tem gente que se adapta de diversas formas.
Eu gosto mais de planilhas, tem gente que gosta mais de aplicativos. O importante é listar os recebimentos e os gastos em média, e entender, ao fim do mês, como vem sendo sua rotina financeira. E se vem sobrando ou não.
No terceiro ponto, você vai comparar o que tinha traçado como objetivos e como está seu orçamento hoje. Será que seus objetivos estão cabendo no orçamento? Na maioria das vezes, não estão cabendo.
E quais são as decisões financeiras para encaixar esses objetivos no seu orçamento, quais gastos que podem ser otimizados ou até mesmo aumentar as fontes de receitas? Ou então podemos priorizar objetivos. Isso tudo fará com que você tenha menor necessidade de investimentos mês a mês.
Uma vez que começou a encaixar isso tudo, você vai para o quarto passo. Você começa a fazer as aplicações de acordo com cada um desses objetivos, os investimentos em renda fixa, os investimentos em renda variável e, em longo prazo, investirá mais em ações. Para objetivos de curto prazo, mais em renda fixa, para não trazer tanta volatilidade para os investimentos.
E o quinto passo é rever. Periodicamente, parar para analisar se você vem juntando o que precisava, como está sua nova estrutura financeira. Às vezes, você passará por determinadas mudanças que vão alterar sua rotina financeira. Tudo isso impactará seu plano para seus projetos.
Excelentes dicas. E se pudesse completar com duas que você que me deu e funcionaram muito bem para mim, uma é ter um aplicativo para controlar. Pode ser um caderno. Para mim, foi muito importante saber em que áreas da minha vida estava gastando mais dinheiro. Foi uma surpresa ver os gastos com farmácia. E isso me ajudou muito a saber onde economizar ou onde poderia gastar um pouco mais.
E a segunda foi quebrar os investimentos. Se tenho uma viagem, já guardava mensalmente para já chegar na viagem com tudo pago e resolvido. E não chegar na viagem e gastar tudo no cartão, virando uma bola de neve depois. Isso também me ajudou bastante.
Esse ponto que você falou é muito importante para ter um autoconhecimento financeiro. Falei das dicas para entender o quanto você está gastando e isso é um primeiro passo. Mas se quiser melhorar sua gestão, não entenda somente o quando está gastando, mas como está gastando.
É importante quando você entende em quais áreas está gastando, porque pode se confrontar. Quando começa a entender em que áreas está gastando, pode perceber que nem precisaria economizar mais para ter uma vida mais satisfeita. Pode ser uma necessidade de remanejar e mudar o destino do dinheiro.
Há vários aplicativos de finanças pessoais. Indo para a última parte do podcast, que é mais de dicas, vamos começar com livros. Tem algum que você indicaria?
Vou indicar dois, um de finanças e outro de qualquer assunto.
Um de finanças que acredito que todo mundo deveria ler é O homem mais rico da Babilônia, do George Clason. É um clássico sobre finanças pessoais e, de fato, muda a forma como você vai enxergar o seu dinheiro e como se relacionar com seus gastos. É um livro que fará com que você tenha uma visão mais ampla.
E uma indicação de livros em geral é um romance que me marcou muito, que é Flores para Algernon.
É um romance que fala sobre um experimento feito com um cara que tinha limitações cognitivas. E determinados grupos de cientistas começaram a ter alguns tipos de cirurgias que fariam com que ele desenvolvesse sua inteligência.
Então começa a mostrar a evolução dessa inteligência dele. E pediram para ele sempre anotar num caderninho. Você começa a ver como ele era ingênuo, até desenvolver essa inteligência e perceber o mundo ao redor.
Tem um livro bom de finanças que li há muito tempo, que é o Freakonomics. É muito bom.
Seguindo nessa parte de dicas, tem alguma dica de filme ou série?
Essa dica dificilmente será de finanças, porque costumo não gostar muito dos filmes com temática financeira. Mas um filme interessante é o que fala sobre a crise de 2008. Tem um documentário que é o Inside Job, que é muito bom e mostra os bastidores da crise econômica, as pessoas que participaram dos órgãos governamentais e das agências classificadoras de crédito.
E tem o A Grande Aposta, com uma pegada mais de comédia, mas que fala também como a crise aconteceu.
E meio de conteúdo, tem alguém que você indicaria para o pessoal seguir?
O que recomendaria para quem está querendo se aprofundar um pouco mais na parte de gestão das finanças e de bom uso do dinheiro é o podcast do Eduardo Amuri, o Uma horinha sobre grana.
Ele fala sobre diversos assuntos e é um cara que tem uma pegada de psicologia econômica, finanças comportamentais e bom uso do dinheiro.
E, no momento final, é o momento jabá. O espaço é todo seu!
Agradecendo pela participação. Quem tiver interesse em saber um pouco mais como funciona esse trabalho de planejamento financeiro pessoal, que é o que realizo, é one on one. Atendo aos clientes e às famílias, e fazemos reuniões pontuais para ajudar a tomar essas boas decisões financeiras de acordo com os projetos e seus objetivos. São decisões desde orçamento até decisões de estratégias de investimentos para funcionar melhor para você.
Quem quiser algum contato, pode me seguir no instagram, que é @daviaugusto_r. Lá, também tem meus contatos. Se alguém tiver alguma dúvida sobre o que conversamos aqui, será um prazer responder todo muito.
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