O que torna uma empresa bem-sucedida? A resposta para essa pergunta passa pelo entendimento do mercado e pela compreensão do comportamento de seu consumidor. No entanto, apenas isso não é suficiente. As companhias que se sobressaem são inovadoras, o que assegura que elas sempre se mantenham à frente de suas concorrentes.

Independentemente do mercado em que opera, toda empresa deve ser capaz de gerar novos negócios. E para isso, é preciso que os gestores tenham atenção constante à necessidade de fomentar uma cultura de inovação.

Continue conosco e compreenda como uma companhia pode alcançar uma cultura organizacional que proporcione um ambiente para a geração de novas ideias.

Cultura de inovação e transformação digital

Segundo a revista Forbes, as cinco empresas mais valiosas do mundo em 2019 eram Apple, Google, Microsoft, Amazon e Facebook. O que elas têm em comum? São todas do mercado de tecnologia.

Sua companhia pode não ser ter a capacidade de investimento dessas gigantes, tampouco operar nesse mesmo mercado, mas há uma certeza: é necessário investir em tecnologia para ser uma empresa líder em qualquer setor.

Como vimos na lista acima, há uma forte relação entre desempenhos de negócios e o uso de tecnologias inteligentes para corresponder às necessidades impostas pela transformação digital

Esse cenário obriga que as empresas invistam em mais recursos ao mesmo tempo em que oferecem capacitação aos seus colaboradores para que eles estejam aptos a tirar o melhor proveito de suas ferramentas.

De acordo com o relatório Brazil Digital Report, elaborado pela McKinsey, o país tem deficiências em relação à inovação. A produtividade cresceu pouco nos últimos anos, e barreiras de patentes impediram que a evolução no mercado digital fosse mais ágil.

O contexto, que pode ser considerado preocupante do ponto de vista de desenvolvimento do país, é também um indicativo de que há grande espaço para inovação. Dessa forma, empresas que saírem na frente tendem a desfrutar rapidamente dos benefícios da transformação digital.

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Passos para criar uma cultura de inovação

Podemos pensar que a inovação somente é possível quando apoiada por alto investimento ou tecnologia ou crer que novas ideias surgem apenas em reuniões de brainstorming para a criação de novos produtos. Entretanto, essa visão reduz a capacidade de criarmos ambientes propícios ao desenvolvimento de novas soluções.

A seguir, apontamos passos a serem seguidos para que as empresas sejam capazes de alcançar uma cultura de inovação.

Tolerância ao erro

Especialmente para quem está familiarizado com as metodologias ágeis, o conceito de “fail fast”, ou “falhe rápido”, é algo comum à rotina de trabalho. Segundo ele, projetos que permitem constante experimentação alcançam o resultado desejado mais rapidamente.

No entanto, para que isso aconteça deve haver uma tolerância ao erro. As companhias que têm a cultura de punir os colaboradores que falham na busca por uma inovação, aos poucos, reprimem o desejo dessas pessoas por encontrar novas soluções.

Nesse cenário, os colaboradores passam a ter o medo de errar e, consequentemente, as empresas ficam distantes de qualquer inovação. Os cargos são ocupados não por aqueles que desejam acertar, mas por quem não falha.

É criada, portanto, uma cultura enraizada de que não permite o erro e o risco. “Imagine um exemplo: há cinco anos, um cara sugeriu que a empresa deveria começar a se digitalizar, a trabalhar com a ideia de trabalho remoto, tirar os servidores locais da empresa e colocar na nuvem. E esse cara pensou se valeria a pena comprar essa briga, porque estava com muito medo. Provavelmente, várias dessas iniciativas morreram há alguns anos”, observa Leonardo Cavalcanti, da Linkana.

“Coisa nova e na vanguarda é uma necessidade de sobrevivência. Há empresas que, por conta disso (cultura de aversão ao risco), vão quebrar. Infelizmente, quem não estava preparado e não tem como amenizar essa dor, acaba morrendo em cenários mais graves como o nosso de crise”, acrescenta.

Ouça toda a participação de Leonardo Cavalcanti no Digicast:

Reconhecimento de iniciativas inovadoras

Para criar uma cultura de inovação, não basta ser tolerante ao erro, é preciso reconhecer as iniciativas que buscam novas soluções.

Isso quer dizer que líderes devem compensar o comportamento inovador, incluindo assumir riscos, mesmo quando os resultados não forem imediatamente positivos.

Como forma de reconhecer esse esforço, podem ser adotadas medidas como: dar aos colaboradores tempo livre para investir em novos projetos; oferecer aumentos e promoções para aqueles que contribuem com ideias inovadoras ou celebrar os esforços de inovação durante uma reunião de equipe.

Lembre-se que quando há pressão excessiva para o aumento de produtividade, as equipes não têm tempo para inovar.

Desburocratização de processos

A burocracia inibe a inovação de duas formas: ao criar processos longos e demorados até o ponto que uma possível nova solução perca relevância, além de desmotivar os colaboradores diante dos diversos obstáculos que são colocados ao longo de seu caminho.

Em diferentes cenários, a necessidade de preencher muitos formulários, responder a diversos setores ou cumprir inúmeros processos burocráticos gera desânimo e frustração, sufocando o espaço para novas ideias.

Para criar uma cultura de inovação, os líderes devem eliminar a burocracia e incentivar a experimentação rápida e contínua.

Criação de canais de comunicação abertos

A criação de canais de comunicação abertos facilita a troca, coordenação e colaboração de ideias. Isso é imprescindível que para que as companhias fomentem uma cultura de inovação, onde todos são incentivados a colaborar e debater qual seria o melhor caminho para chegar a uma nova solução.

Especialistas indicam que as empresas devem proporcionar ambientes propícios ao desenvolvimento de fortes relações de colegas de trabalho, uma vez que relacionamentos de alta qualidade e confiabilidade resultam em maior aprendizado e contribuem para a inovação.

Ouça a participação de Rafael Damasceno no Digicast e saiba mais sobre a criação de uma cultura organizacional:

Diversificação de equipes

Companhias inclusivas e diversas são 11 vezes mais inovadoras e têm funcionários seis vezes mais criativos do que a concorrência. Essa conclusão foi apontada pelo estudo Getting to Equal 2019: Creating a culture that drives innovation (Rumo à inclusão 2019: Criando uma cultura que estimula a inovação), desenvolvido pela Accenture.

De acordo com a pesquisa, 85% das companhias que têm cultura voltada à igualdade não têm medo de errar para inovar.

A diversificação cria equipes com diferentes visões e ambientes mais propícios ao surgimento de novas ideias. Quando as empresas mantêm profissionais com os mesmos perfis, há menor tendência para debates que apresentem pontos de vista diferenciados, o que poderia ser um obstáculo para o surgimento de algo inovador.

De acordo com a Accenture, os 10 principais fatores para fomentar um ambiente de inovação, em ordem de importância, são:

  1. Investimento na qualificação da equipe;
  2. Opção de trabalho remoto;
  3. Flexibilidade de horário e formato para treinamentos corporativos;
  4. Supervisores abertos aos pedidos da equipe;
  5. Liberdade para criatividade e inovação;
  6. Liderança como exemplo em equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
  7. Empresa com política inclusivas;
  8. Grupos femininos abertos a homens e mulheres;
  9. Respeito às necessidades e compromissos pessoais dos funcionários;
  10. Grupo de líderes diversificado.

Adoção de metas claras e autonomia

Segundo a pesquisadora Teresa Amabile, de Harvard Business School, há um paradoxo a ser incentivado pelas empresas para que seja criada um ambiente propício à inovação: é preciso adotar métricas claras que mantenham a equipe alinhada a um objetivo comum, mas, ao mesmo tempo, é necessário dar autonomia para que os colaboradores encontrem as melhores formas de chegar a esse objetivo.

Ainda de acordo com Amabile, essa autonomia e a capacidade que ela proporciona para compartilhar ideias e trazer novas perspectivas que permite que a criatividade realmente aconteça.

Além disso, é preciso que os líderes consigam alinhar o trabalho a ser feito com as pessoas que têm maior interesse em fazê-lo. Dessa forma, haverá maior motivação e probabilidade de que resultados sejam alcançados.

Esse raciocínio está ligado ao pensamento de que profissionais motivados são mais persistentes e dão mais feedbacks ao sistema, contribuindo para a inovação. 

No vídeo a seguir, Teresa Amabile explica, a partir do livro O Princípio do Progresso, como as empresas podem superar a “crise de desengajamento” que ocorre no local de trabalho.


Ter a inovação como um valor corporativo significa criar uma cultura em que todos se sintam confortáveis para pensar de forma independente e encontrar novas maneiras de resolver problemas.


Os líderes devem estar dispostos a incentivar ideias inovadoras. Isso não quer dizer que toda ideia é ótima ou toda nova proposta de produto deve ir diretamente para a prototipagem. Uma cultura de inovação deve estar preparada também para analisar dados e filtrar quais propostas de soluções devem ser levadas adiante.

Aproveite para entender como uma cultura data driven ajuda empresas a superar a crise.