Durante a pandemia de Covid-19, houve demissões em massa e diversos profissionais perderam seus empregos. Esse cenário deixou ainda mais evidente a importância de um planejamento de carreira.

Para compreender como esse planejamento deve ser feito e o que deve ser avaliado na gestão de carreira, conversamos com César Curi, CEO da Penser Desenvolvimento Estratégico.

 

Para ouvir a 26ª edição do Digicast, basta usar o player acima. Se preferir, você pode ler a transcrição da entrevista feita por Pedro Renan, CEO da Digilandia, logo abaixo.

Olá! Bem-vindos ao 26º episódio do Digicast. Sou Pedro Renan, CEO da Digilandia e da Agência Papoca e seu host. 

Hoje, recebo o César Curi, da Penser, para falar sobre gestão de carreira, que é um assunto muito importante neste momento que estamos vivendo.

Seja muito bem-vindo, César!

Oi, Pedro. Obrigado pelo convite. É uma honra participar. Acompanho os seus projetos e você é uma inspiração para todos nós aqui na Penser. É um prazer falar sobre carreira. É um desafio e a ideia é desmistificar e achar soluções para toda essa jornada.

Queria começar perguntando se você acredita que hoje as pessoas têm uma chance real de fazer uma gestão de carreira ou acredita que as pessoas vão mais na sorte e deixam nas mãos do destino essa parte?

Essa pergunta é boa, porque pode parecer óbvio que existe um planejamento de carreira e que a pessoa pode fazer isso. Mas, na rotina e no dia a dia, vejo muito as pessoas fazendo as coisas ao acaso. Até pelo perfil das pessoas que chegam à Penser, com 40, 50, 60 anos de idade, ainda pensando que as coisas podem fluir assim.

Não é à toa que temos uma demanda muito grande de clientes com esse tipo de angústia, esse tipo de dor. E é plenamente possível montar um projeto de gestão de carreira, no qual você permita essa transição se você construir isso baseado na sua experiência, independentemente da época em que esteja, com clareza, com objetivo bem definido e de forma tangível.

Hoje, há muitas ferramentas e muita informação. É preciso sair do outside e ser mais inside, o que posso levar de dentro da fora para essa jornada. 

É plenamente possível sim, e vamos falar mais sobre isso.

Até indo um pouco nessa linha, você acredita que é também um papel da empresa ajudar as pessoas nessa gestão de carreira? 

Agora, durante a pandemia, vemos muitas demissões em massa e iniciativas legais dos próprios CEOs indicando a contratação dessas pessoas. Mas encaro isso muito mais como uma reação a algo que ocorreu do que uma preparação.

Você acha que é papel da empresa preparar o funcionário para que ele tenha uma gestão de carreira dentro da empresa ou se ele quiser sair ou for demitido estar mais preparado e não ser pego de surpresa?

Hoje, há vários líderes fazendo essa comunicação, aperfeiçoando essa estratégia de gestão de carreira. Vejo que é o papel da empresa, mas há o fator responsabilidade, que é muito importante também.

A responsabilidade é individual. O colaborador dessa empresa vai muito além do que a decisão própria da empresa. Ele tem de ter essa noção de responsabilidade, de como vai gerir a carreira dele. E isso tem de estar alinhado no papel dessa empresa.

Quando a empresa amplia essa estratégia de responsabilidade, ela vai além do papel dela, que é muito legal. Cabe sim às empresas assumir essa responsabilidade e não ficarem apenas no papel de falar que fazem. Vai além.

É legal separar papel e responsabilidade, porque papel é como uma parte de um processo. A responsabilidade tem de ser individual e inspirar o colaborador. Vejo muitos liderados procurando aperfeiçoar a gestão de carreira, independentemente da empresa. 

Acredito muito na visão coletiva, na empresa promovendo isso, e o colaborador fazendo por ele. E, assim, a entrega é muito melhor. A fluência disso e a assertividade são maiores.

Concordo que sempre tem de ser mútuo. Não adianta só a empresa oferecer se o liderado não quer, nem o liderado querer e a empresa não proporcionar. Tem de ser uma via de mão dupla sempre para qualquer coisa que envolva sua dinâmica dentro da empresa. Nem tudo é papel da empresa, nem tudo é sempre papel do funcionário.

Apenas complementando essa pergunta, num dos nossos próximos podcasts, vamos falar de finanças pessoais. E é muito comum, dentro de finanças pessoais, você ter uma reserva financeira, se precaver para um momento de risco. Você acha que deveríamos fazer a gestão de carreira dessa mesma maneira, sempre se preparando para um próximo passo ou imprevisto? 

Parece que tratamos a gestão de carreira como advogado ou contador, que só ligamos quando está com problema. A gente não trata previamente para não ter o problema. Faz sentido isso?

Vejo que as pessoas buscam estabilidade num primeiro momento quando falam de carreira. O momento de transitar e fazer planejamento de carreira, talvez, seja quando é mais desafiada essa estabilidade.

Tem a ver um pouco com vulnerabilidade, permitir essa vulnerabilidade, que existe ferramental para isso, em que você vai percorrer de maneira mais suave, sem correr tantos riscos.

E acho que vem junto e até antes do planejamento financeiro. Se formos pensar, no Brasil, a cultura que temos é muito recente de planejamento financeiro. 

Hoje, fazendo um link para a carreira, o percentual de pessoas que se aposentam com o mesmo salário que tinham antes de se aposentar é muito preocupante. É da mesma forma que você falar da dependência do sistema de saúde no futuro. É legal sairmos da bolha e pensar no geral. 

Fazendo um link de planejamento financeiro a todo tipo de planejamento e voltando para a carreira, é fundamental. O quanto antes a gente descobre essa jornada e aprimoramos, mais a gente pratica, mais a gente valida e mais somos assertivos com essa história.

Num exemplo de uma pessoa que forme em direito. Ela forma em direito porque ela gosta, porque as pessoas fazem e, muitas vezes, a família tem um escritório. E não é necessariamente é o propósito ou a essência dela. Ela está fazendo porque é uma jornada que ela vê na experiência cultural dela. E quando ela vai praticar e validar aquilo ali pode ser angustiante.

Cabe você entender essa jornada. É importante sim, porque o quanto antes a gente descobre o quanto nossa competência está alinhada com nosso dom, mais feliz a gente é. Mais legal é acordar e entregar algum trabalho que te promova um fruto financeiro ou intelectual dentro dos seus objetivos de vida.

Portanto, sim, é fundamental ter planejamento de carreira. É legal ter um diagnóstico de carreira. Existe isso. Se você fosse algo utópico ou imensurável, nem estaria dando essa resposta, mas existe. Falo diariamente nas nossas reuniões de empresa e com parceiros de negócios, inspirar isso para as pessoas é nossa responsabilidade. É fundamental que a gente faça isso e consiga promover.

Para mim, o meu propósito é inspirar a prosperidade e a pessoa ter uma visão completa do que fará da vida dela. Isso é muito gratificante.

Inclusive, pegando um pouco desse gancho, no episódio 1, falei com o Fernando Pacheco. Ele era da Penser, foi um dos fundadores, e ele falou exatamente isso que tinha esse plano de carreira quando começou. 

Obviamente, como em qualquer plano, as coisas não acontecem da mesma forma que a gente planeja, mas ter pelo menos um norte, saber para onde estar indo, já poupa bastante esforço.

Entrando um pouco na parte das perguntas difíceis que sempre fazemos aqui, qual foi o maior erro que você teve na gestão da sua própria carreira ou para alguma pessoa que você deu mentoria?

Você me deu liberdade de escolha, mas vou responder as duas perguntas. 

O maior erro que cometi na minha carreira foi optar por uma jornada financeira, em que eu tivesse um salário melhor, sem avaliar a entrega de competência, de rotina e a qualidade de vida. E sempre lembro disso quando vou conversar com os meus clientes.

Tenho mentorados que a primeira coisa que falo é sobre o Golden Circle, que é exatamente entender por que você está fazendo uma coisa, o que vai fazer e o como.

O “por que” é o primeiro ponto. É a essência do que você está fazendo. O que te leva a estar ali?

Não considero um erro, porque considero uma cultura estabelecida. Vejo essa cultura sendo desmistificada várias vezes ao longo da experiência profissional. As pessoas buscam “o quê” e o “como”.

Na verdade, o “por que” transforma “o quê” e o “como” numa busca muito mais prazerosa, em vez de ir ao “o quê” e o “como” e depois entender o “por que”. 

Sabe aquela dor que você está sentindo e não sabe diagnosticar. Pode saber que é porque o “por que” está embassado. E essa essência de buscar isso minimiza o erro.

Concordo muito. Fiz um pouco o inverso. Na maioria das vezes, não busquei o dinheiro mais do que outras coisas, mas eu não tinha muito claro esse “por que”. Por que estava fazendo aquilo? Por que estava naquela jornada?

Eu achava que era pelo dinheiro no médio e no longo prazo. Às vezes, eu rejeitava propostas com salário maior no curto prazo, porque acreditava que aquele projeto poderia ter um salário maior no longo prazo. E quando, finalmente, consegui ganhar uma certa quantidade de dinheiro, percebi que não era aquilo. Não era o dinheiro que iria me satisfazer.

De forma alguma estou dizendo que ter dinheiro é ruim. É melhor ter problema com dinheiro do que sem. Não me entendam mal. Mas, pelo menos para mim, o dinheiro não resolveu os problemas que achei que iriam resolver.

Você faz um planejamento de ganhar uma quantia de dinheiro e isso não te faz feliz imediatamente se você não aproveitar a jornada. Se você não planejar com antecedência, a probabilidade de se frustrar emocionalmente é muito grande.

Recomendo irem até o Golden Circle. O Simon Sinek é genial. É uma metodologia que vale para tudo na vida.

 

 

Aproveitando que falamos sobre erro, houve algum dia mais difícil que você teve como empreendedor?

Sou muito otimista, mas não tiro o meu pé do chão. Um dia difícil é quando nossa estratégia comercial, no resultado da semana, foi muito abaixo do que foi planejado.

Não estou nem falando dessa pandemia. Estou falando de outro momento, em que considero que falhei na execução.

Por que eu considero um dia difícil? Porque não é uma matemática exata essa mudança de rota. Tenho de reorganizar o planejamento. E esse dia se torna difícil porque não tenho uma resposta imediata. E não necessariamente temos de ter respostas imediatas.

Quando chega um resultado de uma estratégia que você achava que era legal e não foi, cabe a nós como líderes retomar a rota, entender que vem o dia seguinte e recomeçar.

Falo comercialmente, porque é onde vemos os resultados. Mas acho que é assim, porque os resultados afetam o comportamento do time. Mexe com a autoestima. E cabe ao líder assimilar e refazer o planejamento.

Esse é um dia difícil, que já aconteceu e vai acontecer de nova. “Bora” retomar.

E voltando naquela história que você falou da jornada de olhar para o dinheiro e para seu resultado financeiro, são dois pontos que gostaria de falar.

Conheço muitas pessoas que têm resultados financeiros pessoais muito bons e não necessariamente são felizes. E conheço pessoas que estão buscando encontrar esse propósito, essa jornada feliz, com muito dinheiro. E não quer dizer nada.

E outro ponto que falo muito aos clientes é para imaginar a execução das atividades como se tivessem R$ 10 milhões na conta. Você faria diferente? Muitas vezes, o cara fala que faria. E é legal porque construímos a jornada. 

E uma coisa que acaba impactando tudo isso nas decisões que você vai ter ou como vai lidar com as decisões dos dias difíceis é a inteligência emocional. No episódio 23, falamos com o Marcello Ladeira somente sobre inteligência emocional. Portanto, convido todos a ouvir, porque é vital. Se a gente não tiver inteligência emocional muito forte, não importa ter dinheiro ou não, dará problema. 

Saindo da parte difícil, de erros, e indo para uma parte mais legal. Qual foi o maior acerto que você acha que teve na gestão da sua carreira?

O maior acerto foi quando entendi na minha vida o que era bom para mim, o que me fazia feliz e consegui fazer a integração na minha escolha profissional.

Fiz uma conexão muito clara com o principal valor que tenho para mim, que é liberdade. Tenho certeza, por tudo que já vivi, que liberdade é fundamental. A liberdade no sentido de qualidade de vida, de poder viajar, de poder executar com leveza as coisas.

E o maior acerto foi quando tomei decisões estratégicas nesse segmento de desenvolvimento humano para entregar desse princípio básico de liberdade.

E as tomadas de decisões foram muito legais. A forma de fazer me deixava muito feliz mesmo se eu errasse. O erro era minimizado, porque eu estava fazendo com integração dos meus valores.

Esse foi um acerto que me faz abrir um sorriso.

Já falamos aqui em vários episódios sobre pedir ajuda. Você pedir ajuda de amigos ou profissional, como no caso da Penser, para gerir a carreira. 

Mudou a minha vida quando contratei a Penser há dois anos. Não foi para gestão de carreira, foi para a parte de liderança. Mas foi incrível o quanto aquilo mudou minha percepção como pessoa, como líder e como aquilo teve impacto direto nas pessoas com quem eu estava trabalhando. Essa parte de pedir ajuda e olhar com outros olhos é importantíssimo. 

Nessa pegada de absorção de conteúdo, você tem como listar dicas práticas para quem quer gerir melhor sua carreira?

Vou pensar no essencial, mas há muitas coisas que podem ser feitas. 

A dica um é administrar a informação que você recebe. Você não é obrigado a absorver todo tipo de informação. Você pode escolher boas informações. Tem muito site legal, muita conexão legal.

Por exemplo, essa conversa faz parte da nossa gestão de carreira. Olhe a troca de informação valiosa. 

Mas vale uma conversa, escolher as pessoas certas para conversar e entender, as leituras que você vai fazer.

Portanto, a primeira dica é escolher o grau de informação que você vai receber. Você será merecedor do grau de informação que está procurando. Contagie-se com boas informações, sejam elas técnicas ou sobre o mercado.

Um lugar que tem informação muito legal e você pode escolher ser seguidor de bons informantes é o LinkedIn. 

E o LinkedIn é a rede social de conexão com a carreira. Mesmo se a pessoa estiver desempregada, o LinkedIn é onde a pessoa vai canalizar toda a história de construção. Lá, pode se posicionar, fazer benchmark. 

Estabelecer três objetivos claros de vida, que podem ser para os próximos um, três e cinco anos. Que tenham tangibilidade, que sejam mensuráveis e respeitem o momento de vida da pessoa. 

Estabeleça três metas mensais. E que sejam metas que conectem com o que a pessoa quer. Não pode ser uma coisa chata, mas não pode ser algo simples. 

Pensando em três objetivos claros, há ferramentas de produtividade, como a Matriz de Urgência e Importância, e ferramentas de gestão de tempo.

Essas são dicas poderosas para gestão de carreira.

É muito legal você definir metas e objetivos. Muitas vezes, podemos fazer isso sozinhos, mas também podemos pedir ajuda. 

Uma das coisas mais legais foi que eu estava num momento muito difícil de gestão de carreira, não pela empresa, mas por questões pessoais. E estava com síndrome do impostor muito grande. Não comemorava as coisas que fazia. E achava que as pessoas tinham uma percepção muito ruim sobre mim.

Quando fiz a consultoria, junto com o Fernando, mandamos um questionário anônimo para várias pessoas do time, de várias áreas que trabalhavam diretamente ou indiretamente comigo.

Uma das perguntas que me marcaram era como eu me percebia e como eu achava que as pessoas me percebiam. Respondi isso e depois mandei o questionário. Eram completamente diferentes. As pessoas me percebiam muito melhor do que eu me imaginava.

Para mim, foi algo que me ajudou e não é físico. É totalmente psicológico. 

Para complementar, falamos sobre dicas para quem quer ter uma gestão de carreira, há dicas também para empresas que querem ajudar os funcionários a ter uma gestão melhor de carreira?

Estamos falando de uma empresa, mas, por trás dela, tem gente. São seres humanos, inclusive os líderes e os donos. E a primeira dica que daria nessa relação entre líder e liderado é ter postura de aprendiz, é se posicionar e ouvir aquela pessoa como se fosse um aprendizado. Tem a ver com um pouco de humildade, mas também com ouvir uma ideia que pode mudar um resultado.

Como líder, temos de buscar ser inspiradores. E a postura de aprendiz gera insight

Naturalmente, você permitirá a liberdade criativa no time. E liberdade criativa é um valor que seja intangível. Faz bem para o colaborador e ele pode usar isso como se fosse empreendedor é muito nobre.

Outro ponto que acho muito legal é investir na inteligência emocional para o time. Nem todo colaborador está bem e, muitas vezes, não conhece a prática da inteligência emocional. Tem muita gente legal oferecendo. Há muitos artigos disponíveis, mas acho que, para a empresa, vale a pena contratar uma mentoria.

Otimizar o tempo do time é outra dica. Como isso pode ser feito? Otimizar é diferente de controlar. Otimizar é, muitas vezes, reinventar a rotina. No home office, as pessoas têm de otimizar porque uma série de fatores foi alterada.

É um ciclo virtuoso. Nada é pontual. Há toda uma conexão.

E o último ponto é permitir que seus colaboradores sejam líderes. Deixe eles voarem. Ele vai estar com você e, se ele não estiver, você fará um bem, será inspiração. E vemos muitas empresas fazendo o contrário, temendo que o funcionário saía da empresa. 

Invista no colaborador. Isso fará bem para a sua empresa.

Sobre otimização de tempo, há muitas dicas importantes. No episódio 3, falamos com a Amanda, do Trello, e ela deu dicas sobre trabalho remoto. No episódio 7, falamos com o Marcus, da Pluga, que conecta ferramentas e ajuda muito em produtividade e interação.

E é preciso respeitar. Tem muita reunião inútil, muita interrupção inútil. Muita gente ainda não sabe a diferença entre uma comunicação síncrona e assíncrona. Muitas vezes, você não precisa daquela informação imediatamente. Esse respeito ao outro e ao tempo do outro é bastante importante. 

Entrando na parte final, que vamos para as dicas. Para começar, quais livros você deixaria aqui para o pessoal ler?

Um livro que sempre abro é Foco, do Daniel Goleman. Ele fala sobre atenção e o papel dessa atenção no sucesso. 

O Daniel Goleman ficou muito conhecido pelo livro sobre inteligência emocional. Aproveitando, esse é um livro que recomendo. Acho que foco é uma competência que deve ser aprimorada, porque se perdemos o foco, os padrões, os sistemas e tudo mais entra em desordem.

Livro Foco

E tem outro livro que recomendo é que Inteligência Relacional, que é muito legal também. Falamos muito de inteligência emocional, e a inteligência relacional está envolvida.

Falamos muito sobre networking, mas não necessariamente sobre como fazemos esse networking. Como vamos nos relacionar com a diversidade de pessoas que existem no mundo? Ninguém é igual a ninguém.

Livro Inteligência Relacional

Não li esse livro, mas já vou deixar no meu To Do

Recordei agora de uma parte que você falou sobre deixar a pessoa crescer, deixar que ela voe. E é muito interessante. Lembro que isso aconteceu comigo, quando fazia estágio no início da faculdade. Com pouco tempo de empresa, fui promovido. 

Estava indo bem, batendo as metas e queria me candidatar para uma vaga de analista, sendo que estava no quarto período da faculdade. Por burocracias da empresa, só poderia concorrer se estivesse no sexto semestre. Isso, para mim, foi uma das coisas mais surreais que vi na vida. E, um mês depois, pedi demissão. Não importava o quanto fosse bom, teria de esperar pelo menos mais um ano para poder me candidatar. Percebi que os valores estavam desalinhados.

E até hoje, não me formei. Larguei a faculdade logo depois e comecei a empreender. Nunca me formei. E não tenho nenhum problema com isso.

Hoje, na Agência Papoca, quando contratamos alguém, não importa se você foi autodidata ou se foi para Harvard. O importante são seus valores e o que você vai agregar no time. 

Avançando um pouco, há alguma dica de filme ou série?

Gosto muito da série Billions. Estou assistindo e tenho de me policiar, porque já fui até uma madrugada adentro. É The Last Dance. E é demais quando você começa a entender a relação do ego e de como ele penetrou na vida do cara e como é difícil sair.

 

E se você também assistir a série com esse viés de gestão de carreira e liderança, você percebe o quanto o Jordan tinha na carreira dele. Nada tirava ele do foco e da liderança. Podemos questionar se ele era bom líder, mas estava claro o que ele tinha de fazer.

É interessantíssimo, porque o cara soube administrar os holofotes. Ele tinha foco, era competitivo e os holofotes eram todos para ele. E o que ele fez naquela jornada toda é inspirador demais do ponto de vista de liderança e construção de carreira.

Ele fez transições de carreira ao escolher outro esporte. Depois, ele voltou. E é muito legal. 

Vi muita gente falando do ego dele, mas pego o lado positivo. Ele não era só predestinado, mas muito organizado para ser assim.

Tem muito em que você se inspirar. Acho que temos de saber separar as coisas. Independentemente do lado negativo, ele tem uma genialidade em vários aspectos incríveis. Você pode discordar de ações ou opiniões, mas não pode excluir que há vários aspectos positivos.

É como no filme sobre o Mc Donald’s, Fome de Poder. Se você pegar pelo lado negativo, há várias coisas que são inescrupulosas. Mas, dentro de tudo isso, ele também foi um gênio ao expandir e ao mudar o modelo de negócio.

Falando sobre aprendizado, você já falou que o LinkedIn é bom meio de conteúdo. Há outro meio em que você consome conteúdo?

Gosto muito dos podcasts do mercado financeiro. Gosto muito do Thiago Nigro, que tem uma pegada mais bem humorada nos podcasts dele. 

Tiago Reis também é um cara legal.

Converso e sou amigo, mas também sigo muito do que o Márcio Alaor fala, que é do Banco BMG.

O seu podcast é demais. É claro que degustei e senti a responsabilidade.

Sobre sites, sou fã do site da Penser

Gosto muito de YouTube. Há muitos canais legais. O José Felipe Pedras Carneiro é muito bom, daqui de Minas, um empreendedor nato.

E, para finalizar, o momento da jabá. O espaço é seu para falar sobre o que quiser. Lembrando que o Clube de Descontos tem uma oferta muito legal da Penser.

Recomendo como primeira degustação entrar no seu LinkedIn. Para quem quiser me adicionar no LinkedIn, é César Romano.

No Instagram, é @penserestrategia. Há muita informação legal.

E o site é nosso amor maior, onde colocamos toda a nossa energia. São mais de 200 artigos, com muita informação legal.

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A pessoa deixando um desafio no site, deixamos um diagnóstico de carreira gratuito. Um especialista fará com muito carinho, customizado para cada pessoa que chegar. 

O que a Penser faz? A gente gosta do desenvolvimento humano, seja de carreira, liderança ou autoconhecimento. Em tudo que a gente pode permitir o ser humano seja melhor.

Todo mundo merece ter uma carreira legal e ser feliz nessa jornada e aprofundar o máximo de competências coerentes com a escolha individual.

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