Cerca de 420 mil novas vagas devem ser criadas na área de Tecnologia da Informação (TI) até 2024, de acordo com o Banco Mundial. O setor é um dos que mais cresce no Brasil e no mundo, e o mercado possibilita a atuação no exterior e o desenvolvimento de carreira internacional.
A abundante demanda por profissionais com formação e experiência em tecnologia é acompanhada por uma escassa disponibilidade de mão de obra qualificada.
Segundo dados da International Data Corporation (IDC) – empresa de inteligência de mercado, serviços de consultoria e eventos para os setores de tecnologia –, mundialmente, o mercado de TI registrou um déficit de 570 mil profissionais no ano de 2020 e essa falta continua sendo uma tendência.
O profissional que deseja se lançar em carreira internacional na área de tecnologia deve estar atento a algumas orientações, como se manter atualizado sobre as tendências do mercado, aprender um novo idioma e dominar linguagens, como CSS, usada para personalização visual de um site.
O mercado de trabalho absorve, ainda mais rapidamente, trabalhadores especializados. Dessa forma, a recomendação é que desenvolvedores mantenham o foco em uma área e se especializem em uma linguagem de programação, sem, ficar resistente às novidades do mercado.
Para trabalhar com CSS, por exemplo, é preciso aprender HTML, linguagem de marcação que permite a criação de páginas de maneira mais precisa e com diferentes estilos, margens, tipos de letra, cores, entre outras variedades.
Trabalho remoto pode ser aposta promissora
A área de tecnologia acompanha a globalização do mercado de trabalho e também incorpora a popularização do home office para contratações internacionais. Dessa maneira, empresas norte-americanas e europeias recrutam profissionais brasileiros para atuarem a partir do Brasil.
O número de brasileiros que trabalham para companhias de fora, ganhando em dólar e sem sair de casa, cresceu. A contratação de profissionais do Brasil por empresas estrangeiras aumentou 20% em 2021, quando comparado ao ano anterior, segundo pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Page Group.
O que explica a movimentação, de acordo com o levantamento, são fatores como condições de câmbio, falta de alguns profissionais nos Estados Unidos e em outros países e ascensão do trabalho remoto.
As vagas, em sua maioria, são para especialistas em Cloud AWS, desenvolvedores de aplicativos, engenheiros de dados e desenvolvedores front-end, back-end e full-stack.
Países de portas abertas aos brasileiros
A maioria dos brasileiros gostaria de se mudar para o exterior para trabalhar, conforme estudo do Boston Consulting Group (BCG). Segundo os dados, 92% dos entrevistados afirmaram ter esse desejo. No plano mundial, Canadá, Estados Unidos e Austrália estão entre os países mais desejados pelos trabalhadores. Outras nações da Europa, Ásia e Oceania fecham a lista.
Oportunidades na América do Norte
Considerados a maior economia do globo e berço das maiores empresas de TI do mundo, os EUA contam com uma política de desenvolvimento nacional e buscam profissionais com formação acadêmica sólida e que se destaquem em suas áreas de atuação.
As portas são abertas para o desenvolvimento de carreira internacional de profissionais brasileiros com experiência em áreas como Engenharia de Sistemas, Engenharia da Computação e Ciência da Computação.
Já o Canadá promove diferentes ações em busca de recrutar profissionais de TI. Cidades como Montreal, Toronto, Alberta e a província do Quebéc, por exemplo, oferecem vagas. Os candidatos precisam ser fluentes em inglês ou francês e serem formados em TI ou outra área correlata.
Oportunidades na Europa
Para atrair especialistas brasileiros, Portugal, que conta com uma alta demanda por profissionais de TI, criou um visto especial, chamado Tech Visa. Menos burocrático do que outros vistos de trabalho, o documento fica pronto mais rapidamente, já que dá direito a uma fila acelerada para a análise de processos.
É preciso estar atento, contudo, uma vez que são elegíveis ao visto especial somente candidatos recrutados por companhias que tenham aderido ao programa junto ao Ministério da Economia de Portugal.
Recentemente, a Alemanha passou por um boom de investimentos em startups. Essa movimentação fez com que o país passasse a ser visto como uma das nações europeias mais preparadas para alcançar posições globais de liderança nos campos mais complexos da tecnologia.
De acordo com a pesquisa “Start-up-Barometer Deutschland”, da Ernst Young, somente em 2017, os investimentos em startups alemãs aumentaram 88%.
Polônia, Inglaterra, Irlanda, Suécia e França são países que também oferecem oportunidades de emprego na área de tecnologia, entre outros.