Em constante crescimento, o mercado das fintechs no Brasil vem se destacando. Já são 742 empresas no país, segundo um levantamento da Distrito Fintech Report, e a cada dia surgem mais interessados em como abrir uma fintech e obter sucesso no segmento de tecnologia financeira.

As fintechs não só crescem, mas também geram confiança, principalmente entre 71% das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que preferem as soluções de pagamento e gestão financeira que startups como Nubank, Banco Inter, Banco Next e outras oferecem, ao invés de se relacionar com bancos tradicionais, como mostrou um levantamento da Capterra, realizado com 349 gerentes de áreas financeiras.

Maioria entre as empresas consideradas unicórnios do mercado brasileiro, com valores de US$ 1 bilhão ou mais, as fintechs aumentam a eficiência e concorrência de crédito, agilizam as transações, diminuem burocracias, reduzem custos, inovam e principalmente democratizam o acesso ao crédito no Brasil.

Mesmo que 70% da população brasileira (equivalente a 126,9 milhões de pessoas) acesse a internet regularmente, 45 milhões de brasileiros ainda não tinham uma conta bancária em 2019, como mostraram os dados do Instituto Locomotiva. E para conquistar essas pessoas desbancarizadas, tantas fintechs têm surgido e se popularizado.

Pensando em tudo isso, separamos 4 dicas infalíveis para você que tem dúvidas sobre como abrir uma fintech. Aqui você aprenderá a:

  • ter uma ideia boa e inovadora;
  • oferecer um diferencial;
  • conhecer verdadeiramente o mercado das fintechs;
  • estar sempre atento a novas tecnologias.

Ficou curioso? Então continue a leitura!

E se você ainda tem dúvidas sobre o que é uma fintech, veja o vídeo abaixo!

Como abrir uma fintech em 4 passos

1. Tenha uma ideia boa e inovadora

Você não precisa criar algo do zero para dar certo. Muitas fintechs que hoje são grandes sucessos, se aproveitaram do erro daquilo que já existia para fazerem seus negócios terem destaque.

Os “neobanks” (bancos 100% digitais) são exemplos de fintechs que lucram diariamente com os erros dos bancos tradicionais. Um estudo da Finnovating mostrou que 57% do dinheiro investido em fintechs na América Latina vai para os neobanks.

E qual será o motivo do sucesso dos neobanks? A inovação! 

Ter um banco na palma da mão, sem filas, sem burocracias, com a maioria dos serviços operados de forma gratuita, onde é possível poupar e investir chama a atenção e facilita a vida dos usuários.

Claro que não basta facilitar a vida de quem usa um banco digital, ou uma fintech de qualquer outro segmento. Também é necessário se destacar de alguma forma, mas o mais importante ao criar uma fintech é ter certeza de que você oferecerá alguma coisa que ninguém mais tem.

2. Ofereça um diferencial

Lidar com gerações como a dos millennials, Z e alpha, acostumadas ao imediatismo dos processos, torna o mercado mais mutável do que nunca. 

Desenvolver uma fintech que esteja atenta às oportunidades que o sistema financeiro cria, sempre pensando em experiências positivas, para que a relação com esse consumidor mais crítico seja sempre vantajosa para ambas as partes é fundamental.

Essa necessidade de oferecer diferenciais ligados ao relacionamento e agilidade foi comprovada pelo levantamento que o Google realizou em 2018, com 500 usuários de serviços financeiros do Brasil. Foi possível identificar que 34,5% do entrevistados escolhem um serviço pela rapidez, e 30% se importam principalmente com a facilidade do uso da ferramenta e o bom atendimento.

Então, se você realmente pensa em abrir uma fintech de sucesso e não sabe por onde começar, lembre-se que seu cliente buscará por:

Se você oferecer esses diferenciais, a probabilidade da sua fintech dar certo será muito grande.

3. Conheça verdadeiramente o mercado das fintechs 

Antes de iniciar a realização de um sonho, e mergulhar no mundo das fintechs, é fundamental conhecer esse mercado e entender como ele funciona, isso garante que nada dará errado e que sua fintech terá sucesso.

Desde de 2013, com a Lei nº 12.865/13, que modificou o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o sistema financeiro se tornou mais inovador, e possibilitou o surgimento de novas modalidades de contas, impulsionando o mercado das fintechs.

Mas só conhecer a legislação não te garante. O planejamento é uma etapa fundamental nesse processo, pois ele te garantirá o passo-a-passo a ser seguido, estruturando você e sua equipe.

Além de planejar, é preciso conhecer os processos burocráticos e as leis que envolvem a criação de uma fintech. Claro que não dá para fazer isso sozinho, é necessária uma equipe bem preparada e estruturada, para que cada novo movimento da sua fintech seja calculado e pensado para dar certo.

4. Esteja sempre atento a novas tecnologias

Se pensarmos que a cinquenta anos atrás ninguém imaginaria abrir conta de banco, pedir comida, fazer compras de supermercado, tudo através do celular, vislumbrar um cenário onde as empresas anteciparão os desejos dos clientes nem é uma realidade tão distante.

Essa já é uma projeção para até 2030, com base num estudo feito pela KPMG, nomeado de The Future of Digital Banking.

A cada dia, aplicações cognitivas alinhadas a tecnologias estarão mais sofisticadas. Novos segmentos de fintechs surgirão, a fim de solucionar novos problemas sem resposta.

As inovações serão frequentes, mas será sempre necessário se lembrar que uma fintech se destaca ao solucionar os problemas apresentados pelos clientes.

Importante reforçar que tanta tecnologia exige preparo e segurança das informações. Além de estar sempre preparado para as novidades, é preciso proteger os dados dos usuários, como garante a Lei n.13.709/2018, mais conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados.

Agora que você já sabe os passos básicos de como montar uma fintech, não se esqueça que é sempre melhor ter destaque por oferecer um serviço muito bom, do que oferecer várias soluções mais ou menos e ficar pelo meio do caminho.

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