Você sabe o que é IOF? Com toda certeza, você já ouviu falar sobre o assunto, como em jornais, televisão e sites. 

Porém, não são todos os brasileiros que sabem o significado desta sigla e nem a importância dela para o nosso bolso.

Primeiramente, o IOF, ou Imposto Sobre Operações Financeiras, é algo que você provavelmente já encontrou em diversos momentos da sua vida, como: 

  • Na sua fatura de cartão de crédito;
  • Em compras de moeda estrangeira;
  • Ao resgatar um investimento em Tesouro Direto em menos de 30 dias. 

Mas o que de fato é IOF e por qual motivo ele é cobrado nessas transações? É o que iremos te contar ao longo deste artigo!

O que é IOF?

O IOF é um imposto federal pago por pessoas físicas e jurídicas em inúmeras operações financeiras, como crédito, câmbio, seguro, e operações de títulos e valores mobiliários. 

Além de ser uma fonte de receita para o Governo, o IOF serve como uma ferramenta para controlar a economia do país.

Por que o IOF foi criado?

O IOF foi criado para controlar o mercado financeiro em um período em que as pessoas faziam aplicações e resgatavam o dinheiro em poucas horas ou dias. 

Isso era comum quando a inflação no Brasil estava alta e o valor do dinheiro variava significativamente ao longo dos dias.

Ao estabelecer o IOF na Constituição de 1988, o governo buscava controlar o mercado, incentivando ou desestimulando certas atividades através da cobrança do imposto. 

A implementação do IOF, como conhecemos hoje, ocorreu apenas em 1994.

Como o IOF funciona?

O IOF é como um “termômetro” da economia. Quanto mais ele for arrecadado, significa que mais operações financeiras ocorreram. 

No entanto, mais IOF nem sempre significa crescimento econômico, pois também este é um imposto que pode ser cobrado em empréstimos.

Quando o IOF é cobrado?

E por falar em cobranças, uma dúvida muito comum entre os brasileiros é justamente sobre quando o Imposto Sobre Operações Financeiras pode ser cobrado.

Por isso, separamos uma lista das mais variadas situações em que o IOF é aplicado, como:

  • Usar o cartão de crédito em compras internacionais;
  • Comprar ou vender moeda estrangeira;
  • Fazer empréstimos ou financiamentos;
  • Usar o cheque especial ou crédito rotativo;
  • Resgatar um investimento;
  • Fazer um seguro.

Como calcular o IOF?

Um ponto muito importante que precisamos frisar é que o valor do IOF varia conforme o tipo de operação, o valor e o tempo.

Mas é possível calcular IOF e, este é um processo simples. Você precisa multiplicar o valor da operação pela alíquota do imposto. Por exemplo:

Em uma compra internacional de R$1.000 com o cartão de crédito, a alíquota é de 6,38%. Então, R$1.000 x 0,0638 (6,38%) resulta em R$63,80 de IOF.

Note que essa alíquota será reduzida gradualmente a partir deste ano até ser completamente zerada em 2028.

IOF será zerado até o ano de 2028

Desde o início deste ano, mudanças sobre o IOF começaram a acontecer, as compras no exterior começaram a cair gradualmente até serem zeradas. 

Essa mudança foi estabelecida por decreto com o objetivo de reduzir a zero as alíquotas do IOF em operações de câmbio até 2028.

Veja o cronograma previsto pelo Governo Federal:

  • Em 2023: 6,38% para 5,38%;
  • Em 2024: 5,38% para 4,38%;
  • Em 2025: 4,38% para 3,38%;
  • Em 2026: 3,38% para 2,38%;
  • Em 2027: 2,38% para 1,38%;
  • Em 2028: 1,38% para zero.

Essa mesma cobrança se aplica nas compras feitas no Brasil em sites internacionais. Vale lembrar que compras com cartão de crédito dentro do país não pagam IOF.

Caso não saiba, o IOF era de 6,38% para compras internacionais realizadas no cartão até o final de 2022.

De maneira geral, o IOF é um imposto complexo que varia de acordo com vários fatores. 

Por isso, é essencial entender como ele é aplicado para estar ciente de possíveis custos em suas operações financeiras.