A busca por estratégias que ofereçam segurança e preservação do capital é uma preocupação constante para muitos investidores, especialmente aqueles com mais aversão ao risco ou que buscam proteger seus recursos financeiros.
Uma carteira conservadora é planejada com cuidado e composta por uma seleção de ativos de baixo risco, elaborada para minimizar a exposição a volatilidades do mercado e trazer mais estabilidade para quem investe.
Neste artigo, vamos mostrar as principais características e benefícios de uma carteira conservadora, além de como montar uma de maneira estratégica. Vamos lá?
O que é uma carteira conservadora?
Uma carteira de investimentos conservadora é composta principalmente por ativos de baixo risco, como títulos públicos, fundos de renda fixa, CDBs, entre outros.
O principal objetivo da carteira conservadora é preservar o capital, minimizando a exposição a oscilações do mercado. Mas afinal, para que tipo de investidor essa carteira é mais indicada? Veja mais a seguir.
Para quem a carteira conservadora é recomendada?
A carteira de investimentos conservadora é geralmente recomendada para investidores com baixa tolerância ao risco, isto é, de perfil conservador.
Também pode ser indicada para iniciantes que estão começando a construir seu patrimônio e desejam minimizar os riscos.
Em outras palavras, a carteira é recomendada para a pessoa que evita expor seu capital a aplicações mais arriscadas, cujo valor no futuro pode ser menor do que ela investiu no presente.
Porém, é preciso ressaltar que o conceito de “conservador” tem mais relação com o risco que o investidor está disposto a correr, e não com os ativos que ele pretende investir.
Em resumo, o investidor de perfil conservador é aquele que prioriza as aplicações em produtos financeiros que ele conhece a potencial rentabilidade de antemão, para dessa forma investir com mais tranquilidade.
Quais as principais características de uma carteira de investimentos conservadora?
Normalmente, as carteiras conservadoras apresentam algumas características comuns, como:
- Baixo risco: a maior parte dos ativos são de baixo risco, como títulos públicos ou fundos de renda fixa, minimizando a exposição a grandes perdas.
- Diversificação: apesar de ser mais conservadora, ainda é importante diversificar os investimentos entre diferentes tipos de ativos para reduzir o risco específico de cada ativo.
- Horizonte de investimento menor: normalmente, o horizonte de investimento é mais curto, visando preservar o capital em vez de buscar altos retornos no longo prazo.
- Ênfase na preservação do capital: o principal objetivo é preservar o capital investido, em vez de buscar altos retornos, o que geralmente implica em uma abordagem mais defensiva em relação ao mercado.
- Foco em renda estável: muitos investimentos conservadores estão voltados para a geração de renda estável, como juros de títulos do governo.
- Menor volatilidade: a volatilidade da carteira é reduzida, o que significa que as oscilações de valor são mais limitadas em comparação com carteiras mais agressivas.
Mas afinal, como montar uma carteira conservadora de acordo com seus objetivos? É o que vamos mostrar agora.
Como montar uma carteira conservadora?
Para montar uma carteira conservadora, é importante seguir alguns passos, que vão desde a definição dos seus objetivos até a diversificação da carteira.
Em primeiro lugar, é importante avaliar sua tolerância ao risco, prazo de investimento e metas financeiras para determinar quão conservadora deve ser sua carteira.
Depois, priorizar ativos como títulos públicos de longo prazo, fundos de renda fixa e CDBs de bancos confiáveis e com bastante tempo de mercado.
Aliás, é essencial distribuir seus investimentos entre diferentes classes de ativos, para reduzir o risco de cada um.
Na hora de montar a carteira conservadora, evite investimentos em ativos de maior volatilidade, como ações de empresas em fase inicial (startups) ou investimentos mais arriscados, como criptomoedas.
Por fim, ajuste a alocação de seus investimentos conforme necessário para manter a proporção desejada de ativos conservadores e garantir que esteja alinhada com seus objetivos de longo prazo.
Em resumo, não considere apenas a rentabilidade final. Também é importante considerar fatores como:
- Seus objetivos ao investir.
- Liquidez (facilidade de resgatar o dinheiro).
- Prazo da aplicação.
- Cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
- Imposto de Renda e outras taxas.
Quais são os tipos de investimentos conservadores?
Geralmente, os investimentos mais conservadores são os de renda fixa, como:
- Fundos de renda fixa: fundos de investimento que aplicam em títulos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs, entre outros, com o objetivo de proporcionar uma renda estável aos investidores.
- Tesouro Direto: são considerados os investimentos mais seguros, pois são emitidos pelo governo e geralmente têm baixo risco. Entretanto, é importante escolher títulos com vencimento mais curto, com menor volatilidade.
- CDB: títulos emitidos por bancos que oferecem uma taxa de retorno fixa ou variável em troca do dinheiro investido por um determinado período.
- LCI e LCA: títulos emitidos por instituições financeiras para financiar o setor imobiliário (LCIs) ou o agronegócio (LCAs), oferecendo isenção de imposto de renda para pessoas físicas.
Por que investidores conservadores não podem investir em ações, FIIs e outros ativos de risco?
Investidores conservadores geralmente evitam investir em ações, FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e outros ativos de risco devido à volatilidade e ao potencial de perdas significativas associadas a esses investimentos.
Eles preferem opções mais estáveis e seguras, como títulos de renda fixa, que oferecem retornos previsíveis e menor probabilidade de perda de capital, como vimos anteriormente.
Assim sendo, a aversão ao risco é uma característica fundamental dos investidores conservadores, que priorizam a proteção do capital e a preservação do patrimônio em vez de buscar retornos mais altos com maior exposição ao mercado de ações e outros ativos de risco.
Quais são os riscos da carteira conservadora?
Embora uma carteira conservadora seja projetada para minimizar os riscos, ainda existem alguns desafios e fontes de preocupação que é importante considerar, como:
- Risco de inflação: investimentos conservadores, como títulos de renda fixa, podem não oferecer retornos suficientes para superar a inflação, o que significa que o poder de compra do investidor pode reduzir ao longo do tempo.
- Taxa de juros: mudanças nas taxas de juros podem afetar o desempenho de títulos de renda fixa, que muitas vezes estão atrelados à Selic.
- Risco de crédito: mesmo investimentos considerados seguros, como títulos públicos, podem apresentar risco de crédito se o emissor não conseguir cumprir suas obrigações de pagamento.
- Liquidez: alguns investimentos conservadores podem ter menor liquidez, o que significa que pode ser mais difícil vender esses ativos rapidamente sem ter perdas.
- Risco de mercado: embora investimentos conservadores geralmente tenham menor volatilidade, ainda estão sujeitos a flutuações do mercado que podem afetar o valor dos ativos.
Contudo, mesmo que seja importante considerar esses riscos ao montar uma carteira conservadora, a diversificação e a seleção cuidadosa de ativos podem ajudar a diminuir possíveis impactos negativos.
Como buscar ajuda para montar uma carteira conservadora ideal?
E se você acredita que a carteira conservadora é condizente com o seu perfil, pode contar com ajuda de uma assessoria de investimentos para montar um portfólio diversificado para você.
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