IPCA ou CDI? Descubra qual é melhor para seus investimentos

Nas aplicações de Renda Fixa, você já deve ter se deparado com informações de rentabilidade de produtos que acompanham o IPCA ou CDI, não é mesmo?

Mas qual deles gera mais rendimento para o investidor? É isso que vamos abordar no conteúdo de hoje.

Você vai aprender como analisar o cenário para diversificar sua carteira de investimentos conforme o melhor indexador do momento, bem como entender como esses índices se comportaram no passado.

O que são indexadores?

Os indexadores na Renda Fixa são indicadores utilizados para corrigir ou vincular o rendimento de um investimento a uma referência de mercado, como a taxa Selic, IPCA ou CDI.

Conhecê-los é crucial porque afetam diretamente a rentabilidade do investimento. Por exemplo, se um título é atrelado ao IPCA, a variação desse índice impactará os ganhos ou perdas do investidor.

Compreender os indexadores ajuda a avaliar o potencial retorno e os riscos, permitindo escolher investimentos alinhados aos objetivos e tolerância ao risco.

CDI e Selic são a mesma coisa?

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e Selic (Taxa Básica de Juros da economia brasileira) não são a mesma coisa, mas estão relacionados.

O CDI é uma taxa de juros que reflete as operações interbancárias e serve como referência para diversas aplicações financeiras, enquanto a Selic é definida pelo Banco Central e influencia diretamente o custo do crédito e a rentabilidade de investimentos.

Apesar de serem próximos, eles não necessariamente tem o mesmo valor. Embora o CDI seja frequentemente utilizado como uma referência para investimentos financeiros, como CDBs, LCIs e LCAs, a taxa do CDI geralmente é próxima, mas não necessariamente igual à taxa da Selic.

A taxa da Selic é determinada pelo Banco Central e pode ser diferente da taxa do CDI, que é negociada entre os bancos no mercado interbancário.

Veja o histórico recente:

IPCA ou CDI: qual rende mais?

A escolha entre IPCA e CDI depende dos objetivos e horizonte de investimento. O IPCA, indexado à inflação, é indicado para proteção contra a erosão do poder de compra ao longo do tempo.

Se a intenção é preservar o valor real do dinheiro, especialmente em períodos inflacionários, o IPCA pode ser mais adequado.

Por outro lado, o CDI, que está ligado à taxa básica de juros, é comumente utilizado em aplicações de curto prazo ou em investimentos mais conservadores. Se a prioridade for liquidez e baixo risco, produtos atrelados ao CDI pode ser uma opção mais atrativa.

Portanto, a decisão entre IPCA e CDI deve considerar o perfil do investidor, seus objetivos financeiros e o horizonte de investimento.

Além disso, diversificar a carteira também pode ser uma estratégia, combinando ambos para equilibrar riscos e retornos.

Observe, na tabela abaixo, a variação desses indexadores nos últimos anos, lembrando que o que aconteceu no passado não necessariamente vai se repetir:

Como você pode ver, o CDI – que acompanha de perto a Selic – geralmente fica acima do IPCA. Isso acontece para que os juros reais (indexador menos efeito da inflação) sejam positivos e atraiam investidores ao Brasil e pessoas físicas locais ao mercado financeiro.

IPCA ou IGP-M: qual é a diferença?

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) são índices de inflação amplamente utilizados no Brasil, mas com diferenças significativas:

IPCA

Esse índice mede a variação média dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda entre 1 e 40 salários mínimos.

Por isso, é considerado o índice oficial de inflação do país, utilizado pelo Banco Central para estabelecer metas de inflação.

Logo, ele reflete com maior precisão a inflação percebida pela população em geral, pois considera itens de consumo com peso significativo no orçamento familiar, como alimentos, moradia, transporte, saúde, entre outros.

IGP-M

Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mede a variação de preços de um conjunto de bens e serviços, incluindo produtos agropecuários, industriais e de serviços.

Desse modo, é amplamente utilizado como referência para a correção de contratos de aluguel e reajustes de tarifas públicas, além de ser aplicado em contratos de financiamento imobiliário e outros contratos financeiros.

Portanto, o IGP-M tem uma maior influência dos preços de commodities e da taxa de câmbio, o que pode gerar maior volatilidade em relação ao IPCA.,

A maioria dos investimentos é atrelada ao IPCA em vez do IGP-M por algumas razões, sobretudo pela estabilidade/previsibilidade, menor volatilidade, diferenças na ponderação de itens e por ser a referência da inflação oficial do Brasil.

Confira os valores nos últimos anos:

Quais produtos acompanham o IPCA?

Como dissemos, você deve atrelar parte da sua carteira de Renda Fixa à inflação quando deseja preservar o poder de compra, focar no longo prazo, quando a economia dá sinais de aumento generalizado nos preços de modo intenso e por muito tempo, bem como buscar juros reais.

Para isso, alguns produtos tendem a pagar o valor da inflação mais uma taxa de juros que supera o IPCA, por exemplo:

Tesouro IPCA e Tesouro RendA+.
CDBs atrelados ao IPCA.
LCI e LCA atrelados ao IPCA.
Debêntures e debêntures incentivadas.
Fundos de investimentos cuja estratégia visa superar a inflação.

Quais produtos acompanham o CDI?

Da mesma forma, o CDI é uma das mais importantes referências para determinação da rentabilidade da Renda Fixa.

Ele segue de perto o valor da Selic e, por isso, você tende a ganhar mais quando o Banco Central eleva a taxa de juros para combater a inflação ou restringir a circulação de moeda e o acesso ao crédito barato.

Você pode investir em produtos com o CDI como referência quando tem metas de curto ou médio prazos, bem como já sabe quando exatamente vai utilizar o dinheiro.

Alguns produtos que rendem o valor do CDI ou mais são:

Certificados de Depósito Bancário (CDB) de 100% do CDI ou mais.
LCI e LCA cuja rentabilidade seja de 100% do CDI ou maior.
Fundos de Investimentos DI, cuja performance acompanha a taxa DI.
Debêntures atreladas ao CDI.

Ademais, lembre-se que essas são apenas exemplificações de produtos e não uma recomendação de compra. A decisão final de onde investir é sempre sua.

Além disso, o mercado está sujeito a oscilações e eventos inesperados por diferentes motivos e o cenário econômico pode mudar.

Onde investir para ganhar mais no IPCA ou CDI?

Bem além de saber quando investir via IPCA ou CDI, também é necessário que você escolha a melhor instituição financeira e apoio profissional para criar e administrar o seu portfólio de investimentos.

Logo, investir por meio de uma conta como a Santander Select oferece aos investidores a vantagem de criar diversas estratégias na Renda Fixa, independentemente do indexador.

A plataforma proporciona acesso a uma ampla gama de produtos financeiros, permitindo a diversificação completa da carteira de investimentos.

Com essa variedade, os investidores podem escolher entre diferentes títulos e prazos, ajustando suas estratégias conforme as condições do mercado e suas metas financeiras.

Além disso, a Assessoria Especializada oferecida pela conta Santander Select proporciona insights valiosos e suporte personalizado, auxiliando os investidores a tomarem decisões informadas para otimizar a rentabilidade.

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