Quem ainda acredita que profissionais de recursos humanos se dedicam apenas ao controle da folha de pagamento e de benefícios está muito enganado. Neste século, o RH se consolidou como um setor estratégico para pavimentar o caminho até os resultados planejados por qualquer empresa, principalmente as de grande porte.
Basta identificar a importância de uma organização ser eficiente na identificação de talentos e na contratação dos melhores profissionais. Mas esse é apenas o primeiro passo. É missão também dos gestores de RH evitar o absenteísmo e assegurar a manutenção de um bom clima organizacional, o que, consequentemente, impactará na diminuição do turnover.
Essas tendências já seriam naturais num ambiente organizacional que envolva qualquer perfil profissional, mas tem ganho um novo patamar desde a chegada dos millennials ao mercado de trabalho.
As novas gerações dão grande importância à qualidade de vida, são mais rigorosas ao definir quem serão seus empregadores e não hesitam em trocar de empresa quando não enxergam alinhamento entre os próprios valores e os praticados pela organização.
No momento em que gestores de recursos humanos passam a ter mais destaque em decisões estratégicas, as ações são impulsionadas pela transformação digital no RH. O apoio da tecnologia tem sido essencial para que todas as demandas citadas acima sejam cumpridas.
Como a transformação digital impacta decisões estratégicas do RH
Assim como em praticamente todos os setores organizacionais, o RH convive com impactos positivos gerados pela transformação digital. A incorporação de tecnologia à rotina de trabalho permite que os profissionais desfrutem de vantagens como:
- Otimização de trabalhos administrativos;
- Aumento da precisão na análise de dados;
- Integração entre o setor de RH e o restante da empresa;
- Gerenciamento completo da força de trabalho;
- Eficiência e da agilidade para atender às necessidades do negócio.
Com a automação de tarefas e o acompanhamento constante de métricas, o RH se posiciona, efetivamente, como um pilar de decisões estratégicas. O departamento pode, inclusive, atuar como o responsável por incorporar tecnologias que facilitem a rotina de trabalho dos colaboradores, alimentando uma cultura de inovação.
Na própria rotina do RH, dois fatores são fortemente impactados pela transformação digital, como veremos a seguir em mais detalhes.
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Recrutamento e processo seletivo online
Especialmente nos últimos anos, a tecnologia se tornou forte aliada do RH para a realização de processos seletivos online.
O recrutamento a distância oferece diversas vantagens para as empresas que o adotam, como diminuição de gastos com os processos seletivos e a possibilidade de segmentar de forma mais eficiente o público-alvo das vagas a serem preenchidas.
Testes de personalidade, provas de raciocínio lógico, de proficiência em outro idioma e entrevistas são realizados com auxílio de recursos tecnológicos e ferramentas que ajudam a encurtar distâncias.
Esse formato de recrutamento pode tornar o processo totalmente impessoal. Assim, é recomendável que, nas etapas finais, haja conversas presenciais com os candidatos finalistas, para que os recrutadores e gestores responsáveis pelas vagas os conheçam mais a fundo.
Outro empecilho para o sucesso dos processos online é o uso inadequado das ferramentas digitais, principalmente por desconhecimento e falta de preparo. Portanto, antes de a empresa adotar o recrutamento a distância, os membros do RH devem ser treinados para usufruir da melhor forma de todos os recursos disponíveis nessas plataformas.
Com o preparado adequado dos recrutadores, todas as etapas do processo seletivo podem ser geridas ou ao menos otimizadas com auxílio de tecnologia:
- Planejamento: digitalizar a criação e abertura das vagas, definição dos critérios, workflow de aprovação, envolvimento de gestores e recrutadores;
- Atração: utilizar ferramentas de pulverização de vagas em sites de currículos e redes sociais para captação de inscritos;
- Seleção: ferramentas de testes online, filtros de candidatos, buscas de currículos de acordo com palavras-chave e entrevistas online;
- Análise: com integração de soluções, é possível realizar a análise de resultados de forma eficiente e centralizada;
- Gestão: controle de vagas abertas, em espera, fechadas e prazos para fechamento de vagas ainda em aberto.
Ouça a participação de Fabile Migon no Digicast e saiba quais são as boas práticas de RH em tempos de crise:
Cultura organizacional
Nos próximos anos, o mercado de trabalho absorverá ainda mais profissionais da geração Y. Também conhecidos como Millennials, esses colaboradores são nativos da era digital e trazem consigo novos perfis de trabalho.
Segundo pesquisa da PwC, 65% dos profissionais nascidos na virada do século 20 desejam trabalhar em casa ou ter um horário de trabalho flexível. Esse desejo ganhou um novo impulso a partir das mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19.
Diante da obrigatoriedade de isolamento social, ainda que não estivessem preparadas, as empresas tiveram de migrar para o trabalho remoto. Ou seja, mesmo que não planejassem atender as demandas das novas gerações e ampliar a adoção do home office, essas organizações não tiveram escolha.
E mais do que uma tendência passageira, o home office se consolida como uma característica do futuro do trabalho. Diversas empresas já manifestaram a intenção de seguir com esse modelo mesmo quando não houver mais a obrigatoriedade de isolamento provocada pela pandemia.
Você pode estar se perguntando como isso impactará o trabalho de profissionais de RH? Se ainda não chegou a esta conclusão, esclarecemos que haverá uma nova exigência em relação à cultura e ao clima organizacional.
Ainda que a distância, é vital criar um ambiente que consiga se aproximar do dinamismo de reuniões presenciais e que ofereça a todos as mesmas condições de trabalho encontradas quando as tarefas são executadas no escritório.
Ser capaz de manter todos os colaboradores com alto nível de dedicação e engajamento é o ponto chave para que a empresa alcance o aumento de produtividade comum às companhias que adotam o home office. E isso somente será possível com a adoção de tecnologia.
Confira também Como promover o engajamento de colaboradores no home office
Ferramentas que impulsionam a transformação digital no RH
- Gupy: a startup utiliza inteligência artificial para otimizar os processos seletivos geridos por profissionais de RH que utilizam seu software.
- Kenoby: software de recrutamento e seleção para contratação inteligente com redução de custos e economia de tempo.
- Sólides: a startup usa inteligência de dados, People Analytics e Perfil Comportamental para Recrutamento e Seleção, desenvolvimento e retenção de profissionais.
- Connekt: plataforma de recrutamento digital que possui todos os pilares de um processo de seleção: marketing de recrutamento, esteira digital – testes online, entrevista digital, gamification, inteligência artificial, algoritmos e fit cultural para seleção dos candidatos mais aderentes.
- Vagas for business: a plataforma do portal vagas.com.br oferece diversas soluções para as diferentes etapas dos processos seletivos.
- Trampos.co: a plataforma online conecta candidatos e empresas que pretendem recrutar novos colaboradores, com filtros por salário, disponibilidade, experiência e outros critérios.
- Revelo: a maior empresa de tecnologia no setor de recursos humanos na América Latina oferece uma plataforma de recrutamento e seleção para os gestores de RH.
O uso de ferramentas como as listadas acima permite que as análises feitas pelo departamento de RH sejam mais rápidas, com menos custos e mais precisas. É importante que os profissionais identifiquem quais soluções correspondem melhor às próprias demandas.
Independentemente da ferramenta utilizada, podemos ter a certeza de que o processo de transformação digital do RH é irreversível. Assim, todos os gestores devem se preparar para acompanhar o processo de digitalização e aproveitar o uso da tecnologia para alcançar os melhores resultados.
Aproveite para entender qual o papel das empresas na saúde mental e física de funcionários.