Investir em dólar é uma estratégia cada vez mais relevante para investidores em todo o mundo, incluindo quem mora no Brasil, que buscam exposição ao mercado internacional. 

Com a volatilidade econômica em muitos países, o dólar americano tornou-se não apenas uma moeda de reserva mundial, mas também uma opção de investimento atrativa para diversificação de carteira e proteção contra incertezas no mercado financeiro, uma vez que ela é uma das moedas mais caras do mundo

Neste artigo, vamos mostrar as diversas maneiras de investir em dólar, os motivos pelos quais investidores consideram essa possibilidade, os riscos envolvidos e as estratégias para maximizar os retornos na moeda. Vamos lá?

Qual é a importância de investir em dólar?

Em primeiro lugar, é essencial mostrar a importância de ter a moeda na sua carteira de investimentos. Separamos alguns motivos do porquê é importante investir em dólar, veja:

  • Hedge contra desvalorização cambial: em países onde há histórico de instabilidade econômica ou políticas monetárias menos previsíveis, manter uma parte dos investimentos em dólar pode servir como hedge (proteção) contra a desvalorização da moeda local. Afinal, o dólar tende a ser visto como uma moeda de reserva mais estável em comparação com outras moedas emergentes.
  • Oportunidades de investimento: investir em dólar pode oferecer acesso a uma ampla gama de oportunidades, incluindo ativos denominados em dólar, como títulos do governo dos Estados Unidos, ações de empresas multinacionais e Fundos de Investimento internacionais.
  • Proteção contra inflação nos EUA: se houver preocupações com a inflação nos Estados Unidos, manter parte dos investimentos em dólar pode ajudar a proteger o poder de compra do portfólio, já que uma inflação mais forte por lá tende a se refletir nos demais países do mundo e corroer em maior medida o valor das moedas locais mais fracas.
  • Facilidade em transações internacionais: ter dólares disponíveis na carteira pode facilitar transações internacionais, como viagens ao exterior, pagamento de despesas em dólar ou investimentos em mercados estrangeiros.

Contudo, a alocação de dólares na carteira deve ser feita com base nos seus objetivos de investimento, considerando sempre uma avaliação cuidadosa dos riscos e oportunidades.

Como investir em dólar?

Existem diversas maneiras de investir em dólar, que vão muito além da compra da moeda diretamente. Veja a seguir as principais alternativas para expandir seu portfólio de investimentos:

1. Comprar a moeda diretamente

Você pode comprar o dinheiro em espécie, sempre existe essa possibilidade. Porém, essa não é a opção mais recomendada para investir.

As cotações que acompanhamos diariamente nos noticiários se referem ao dólar comercial, utilizado em transações comerciais entre países do mundo todo. Por outro lado, o dólar acessível às pessoas físicas é o dólar turismo, vendidos em casas de câmbio e outras instituições financeiras.

O dólar turismo é 20 a 30 centavos mais caro do que o dólar comercial. Dessa forma, comprando a moeda diretamente, você estaria gastando mais em um mercado que é bastante instável.

Em resumo, o dólar em espécie é uma alternativa interessante para quem planeja uma viagem e pretende gastar fora do país, mas não é o mais indicado como forma de investimento lucrativo.

2. Fundos Cambiais

Existem Fundos de Investimento Cambial que aplicam em ativos atrelados ao dólar, como títulos privados ou públicos denominados em dólar, ações de empresas americanas, entre outros.

Inclusive, os Fundos Cambiais são considerados os jeitos mais simples de investir em dólar. Há uma grande vantagem, que é contar com o gestor do Fundo, profissional que toma decisões estratégicas sobre a aplicação dos recursos financeiros.

3. Fundos que investem no exterior

Os Fundos que investem no exterior aplicam o capital dos investidores em ativos financeiros fora do país de origem.

Esses Fundos podem investir em diversos ativos internacionais, como ações de empresas estrangeiras, títulos de dívida soberana ou corporativa de outros países, Fundos negociados em Bolsa (ETFs), entre outras possibilidades.

Existem diferentes tipos de Fundos que investem no exterior, como:

  • Fundos de ações internacionais: investem em ações de empresas estrangeiras listadas em Bolsas de Valores de outros países.
  • Fundos de Renda Fixa internacionais: aplicam em títulos de dívida emitidos por governos estrangeiros ou empresas multinacionais.
  • Fundos mistos internacionais: combinam investimentos em ações e títulos de dívida estrangeiros em uma única carteira.
  • Fundos específicos por região ou país: concentram seus investimentos em uma região geográfica específica, como Europa, Ásia ou América Latina.

4. ETFs (Exchange Traded Funds)

ETFs, ou Exchange Traded Funds, são tipos de investimentos que angariam fundos para alocar em carteiras que seguem um índice específico, como o Ibovespa, o S&P 500, o Nasdaq, o Small (que engloba as Small Caps), entre outros.

No contexto dos ETFs americanos e internacionais, o investimento é feito pela B3, mas os recursos investidos não necessariamente saem do Brasil.

O valor total das cotas dos ETFs corresponde ao patrimônio total do Fundo, que então adquire ativos no exterior, posições em dólar, no Mercado Futuro ou BDRs de ações estrangeiras para compor a carteira.

Essa é uma das maneiras mais comuns de investir indiretamente na moeda dos Estados Unidos, uma vez que as empresas que compõem o ETF operam em mercados dolarizados.

No entanto, é importante ressaltar que esses índices representam carteiras teóricas de ações. Assim, ao adquirir um ETF com essas características, o investidor também está sujeito às oscilações locais e à economia de um país ou continente específico.

5. Mercado Futuro

O Mercado Futuro é um ambiente onde são negociados contratos padronizados que estabelecem a compra ou venda de um ativo em uma data futura por um preço predeterminado.

No caso do investimento em dólar nesse ambiente, os contratos envolvem a compra ou venda de dólares americanos em uma data futura a um preço acordado. Vamos a um exemplo?

Um investidor interessado em se proteger contra a desvalorização do real em relação ao dólar pode comprar contratos futuros de dólar.

Isso significa que ele está concordando em comprar dólares americanos em uma data futura por um preço estipulado hoje. Se o preço do dólar subir no futuro, ele terá garantido um preço mais baixo, protegendo-se contra a alta da moeda estrangeira.

Por outro lado, um especulador pode vender contratos futuros de dólar, considerando uma possível queda do preço do dólar no futuro. Se o preço do dólar realmente cair, ele poderá recomprar os contratos a um preço mais baixo, lucrando com a diferença.

O investimento em dólar no mercado futuro é realizado através da compra ou venda de contratos futuros de dólar, que são negociados em Bolsas de Valores, como a B3. Cada contrato possui um tamanho padrão e uma data de vencimento específica.

Porém, esse mercado é bastante volátil e geralmente requer um perfil de investidor arrojado, pois são mais arriscados. Assim, é mais comum que esta modalidade seja utilizada por empresas e Fundos que contam com uma gestão profissional e dedicada ao mercado financeiro.

6. BDRs

BDRs, ou Brazilian Depositary Receipts, são certificados de depósito lastreados em ativos de empresas estrangeiras, negociados no mercado brasileiro.

Eles permitem que investidores brasileiros tenham exposição a ações de empresas estrangeiras sem a necessidade de investir diretamente no exterior.

Logo, os BDRs podem ser utilizados como uma forma indireta de investir na moeda norte-americana. Isso ocorre porque muitas empresas cujas ações são lastro para os BDRs operam em mercados dolarizados ou têm grande parte de suas receitas em dólar. 

Quando o dólar se valoriza em relação ao real, as receitas e lucros dessas empresas, em termos de moeda local, tendem a aumentar. Como resultado, o preço das ações dessas empresas, e consequentemente dos BDRs lastreados nelas, pode subir.

Isso cria uma oportunidade para investidores que desejam se expor ao dólar indiretamente por meio do mercado de BDRs.

Contudo, é importante ressaltar que esses certificados de depósito estão sujeitos a riscos cambiais, políticos, regulatórios e de mercado, e que o desempenho dos BDRs pode não seguir exatamente as variações do dólar.

7. Comprar ações de empresas norte-americanas

Por fim, investir em empresas sediadas nos Estados Unidos ou que tenham grande exposição ao mercado americano pode ser uma forma indireta de se expor ao dólar.

Algumas empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira são “dolarizadas”. Isso significa que as receitas e os custos delas são atrelados ao dólar por vender muitos produtos no exterior ou negociar commodities.

Entretanto, também é possível investir em empresas americanas a partir das próprias Bolsas de Valores dos EUA onde elas estão listadas. Para isso, é necessário abrir uma conta em uma corretora de investimento internacional que permita esse tipo de negociação.

Comprar dólar em espécie é uma boa alternativa?

Comprar dólar em espécie pode ser útil para certas situações, mas é importante considerar alguns aspectos antes de decidir.

Se você está planejando uma viagem para um país onde o dólar é a moeda oficial ou é bastante aceita, pode ser uma boa opção comprar dólares em espécie para despesas imediatas, como transporte, alimentação e pequenas compras.

O dinheiro em espécie também pode ser utilizado para pagar taxas de visto, despesas médicas ou outras despesas urgentes em moeda estrangeira.

Outra vantagem de comprar dólar em espécie são casos de emergência, quando não há acesso imediato a caixas eletrônicos ou serviços bancários.

Porém, se você está considerando comprar dólares em espécie e guardá-los com o objetivo de investir, não é a opção mais recomendada. A compra pode envolver taxas de câmbio desfavoráveis, comissões e taxas de serviço.

Devem ser considerados ainda os custos com IOF e que a cotação a ser aplicada pelo operador de câmbio será o dólar turismo, que é mais caro do que o preço do dólar comercial.

Ademais, carregar grandes quantias de dinheiro em espécie pode ser arriscado. É importante tomar precauções de segurança ao transportar e armazenar o dinheiro.

Vale a pena investir em dólar morando no Brasil?

Antes de saber como investir em dólar, primeiro é importante entender se vale a pena aplicar na moeda morando no Brasil.

Investir na moeda norte-americana pode ser uma alternativa interessante por diversos motivos, como: 

  • Diversificação de carteira: ter uma parte dos seus investimentos em dólar pode ajudar a diversificar sua carteira e reduzir o risco de concentração em uma única moeda ou economia.
  • Proteção contra desvalorização cambial: em períodos de instabilidade econômica ou de desvalorização da moeda local, ter investimentos em dólar pode ajudar a proteger seu patrimônio, já que o dólar tende a se valorizar em relação a moedas mais fracas.
  • Oportunidades de lucro: além da proteção contra a desvalorização da moeda local, investir em dólar também pode proporcionar oportunidades de ganho em momentos de valorização do dólar em relação ao real.
  • Acesso a mercados globais: investir em ativos denominados em dólar pode oferecer acesso a mercados globais, permitindo que você se beneficie de oportunidades de investimento em todo o mundo.
  • Planejamento de viagens ou despesas em dólar: se você planeja fazer uma viagem internacional ou tem despesas em dólar, como pagamento de cursos no exterior, investir em dólar pode ajudar a reduzir o impacto financeiro desses gastos, já que você pode aproveitar uma taxa de câmbio mais favorável.

Porém, é importante lembrar que investir em dólar também apresenta riscos, como a possibilidade de desvalorização do dólar em relação a outras moedas ou a inflação nos Estados Unidos. 

Transferências internacionais de dinheiro: por que são importantes para investir em dólar?

As transferências internacionais e um serviço eficiente de remessa desempenham um papel fundamental para quem busca investir em dólar.

Ao investir em ativos estrangeiros, como ações, a capacidade de transferir fundos de forma eficaz e econômica é essencial.

Além disso, como vimos, a diversificação é uma estratégia fundamental para mitigar riscos e aumentar a resiliência do seu portfólio.

Transferências eficientes possibilitam ajustes rápidos nas alocações de ativos, respondendo às mudanças nas condições de mercado em diferentes regiões.

Assim, um bom serviço de remessa, com taxas competitivas e transparência nas operações, contribui diretamente para a maximização dos retornos e a gestão eficaz dos investimentos globais.

Por isso, a melhor alternativa é também contar com os benefícios de uma boa conta como, por exemplo, a Santander Select, uma das melhores instituições para mandar dinheiro para fora do Brasil.

Como você sabe, o Santander é um banco global e os clientes Select contam com isenção de tarifas em vários serviços, além da possibilidade de realizar transações internacionais a qualquer momento do dia.

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A melhor maneira de investir e cuidar do seu dinheiro

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